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'Economist': lobby agrícola está vencendo a batalha do Código
02 de dezembro de 2011 • 20h10 • atualizado às 20h16
Um artigo publicado nesta sexta-feira no site da revista britânica The Economist sobre o desmatamento no Brasil e a votação do Código Florestal afirma que o lobby agrícola está vencendo a batalha contra o novo projeto. Atualmente em truncada tramitação no Senado, o novo texto, segundo a revista, pode encorajar mais desmatamentos.
De acordo com o artigo, "o lobby agrícola quer todo o desmatamento passado regularizado, argumentando que se os fazendeiros tiverem que replantar árvores, a safra colhida diminuiria, os preços aumentariam e os pobres brasileiros passariam fome. Ambientalistas contra-argumentaram que uma anistia estimularia futuros desmatamentos", explicou a publicação. "Até agora, pelo menos, o lobby agrícola está vencendo."
A publicação, que assume um tom pessimista, começa descrevendo vários caminhões carregados com toras de madeira saindo das proximidades de Porto Velho. O texto evidencia a rara fiscalização dos veículos, o aumento populacional que não é acompanhado pelo aumento da polícia, e a baixíssima taxa de pagamento de multas por desrespeito ao atual Código Florestal.
"Mas o Código é rotineiramente desrespeitado. Menos de 1% das multas aplicadas por sua não observância são pagas, por causa da incerteza do proprietário e de pouca aplicação.", afirma a publicação.
O texto lembra que a presidente Dilma Rousseff prometeu vetar qualquer anistia a desmatadores ilegais, e que ela quer a versão final na sua mesa antes do Natal. No entanto, diz o artigo, o impasse do programa de recuperação ambiental, além de uma intensa agenda legislativa, podem obrigá-la a arrastar a discussão além do prazo.
A revista pontua que, após muitos anos de queda, a taxa de desmatamento aumentou neste ano, "provavelmente porque donos de terras pensam que o novo Código vai absolvê-los". Se a presidente Dilma atrasar a discussão, finaliza o texto, "a esperança da Amazônia vai ficar com os fazendeiros esclarecidos e com as tribos indígenas que cuidam de sua terra melhor do que quer fazê-lo o Estado".
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