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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Barragens de Minas que romperam



















                                                                                 
                                                                          
                                                                             
                                                                            
                                                                               
                                                                                
                                                                          

 

Informações colhidas na internet mostram claramente como o nosso meio
ambiente e nossas vidas são tratadas .

-Laudo Ministério Público de 2013 :
http://www.meioambiente.mg.gov.br/images/stories/URCS_SupramCentral/RioVelhas/69/9.1-laudo-tecnico.pdf
-Laudo Ministério Público de 2013:
http://pt.slideshare.net/ResgateCambui/anlise-tcnica-referente-revalidao-da-l-o-barragem-rejeitos-do-fundo
-Artigo que mostra que laudo alertou para a instabilidade:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/06/interna_gerais,705089/laudo-tecnico-alertou-para-instabilidade-em-area-de-barragem-em-mariana.shtml
-Artigo do que são essas barragens:
http://www.atenas.edu.br/faculdade/arquivos/NucleoIniciacaoCiencia/REVISTAJURI2015/5%20BARRAGENS%20DE%20REJEITO.PDF
-Artigo sobre obra mal feita ou com problema:
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,obra-de-barragem-tinha-problema-ou-foi-mal-feita--diz-professora,10000001282
-Barragem
 que rompeu passava por obras:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/06/interna_gerais,705229/barragem-que-rompeu-passava-por-obras-afirma-samarco.shtml
-Secretario livra mineradora de multa:
http://seculodiario.com.br/25086/10/secretario-de-meio-ambiente-garante-anulacao-de-multa-de-r-204-mil-a-samarco
-Prefeito
 diz que a mineradora errou:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/07/interna_gerais,705514/prefeito-de-mariana-diz-que-samarco-errou-em-plano-emergencial-apos-ro.shtml
-Ministério Público monta equipe para emitir laudo das causas do rompimento:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/07/interna_gerais,705501/laudo-com-as-causas-do-acidente-em-bento-rodrigues-deve-sair-em-30-dias.shtml






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O que é barragem de rejeitos?



Trabalho da PUC-RJ, definições importantes para entender as barragens de rejeitos

Documento do site sobre fiscalização das barragens ,é de 2008:

Ruptura de Barragem de Rejeitos (Simulaçao)





O que é barragem de rejeitos?
Por EquipeONB -

06/11/2015
  







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Atualização 18/11/16

Se a bota foi corroida, como devem estar as pessoas?
Vejam as fotos da bota usada por uma fotógrafa para documentar Bento Rodrigues em dezembro de 2015.
Vejam tambem a publicação de Alexandre G. Valente​ e demais informações:

PORQUE A LAMA SAMARCO É TÓXICA.
Analisando os detalhes, fica claríssimo porque a ONU afirmou com tanta certeza que a "LAMA SAMARCO" era tóxica.
A alta toxidade da Amina pode ser vista na ficha de segurança do produto e apenas 1 mg (o peso de um fio de cabelo de 10 cm), em um litro de água, mata 50% dos peixes.
Na barragem haviam no mínimo 1000 toneladas dessa substância, cujo odor se assemelha ao do amoníaco. Essa quantidade é sificiente para matar todos os peixes da Baía de Guanabara, para termos uma noção.
As toxinas da putrefação das mais de 2000 toneladas de animais mortos se decompondo, somadas a toxidade da lama, fizeram da captação dessa água para tratamento, o ato mais irresponsável jamais praticado contra a sociedade.
Veja mais em:
e

Uso da amina - na dissertação:













 

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  Atualização 21/11/16


 Leia a denúncia do MP na íntegra:

Samarco, Vale e 22 pessoas serão julgadas por desastre em Mariana
Acusações são de crimes ambientais e homicídios. Réus terão 30 dias para apresentar defesa








O vilarejo de Bento Rodrigues foi devastado pelo tsunami de lama após o rompimento da barragem da Samarco. ANTONIO LACERDA EFEA Justiça Federal, em Minas Gerais, acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e tornou réu 22 pessoas, a mineradora Samarco, suas acionistas Vale e BHP, e também a VogBR, apontadas como responsáveis pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.
MAIS INFORMAÇÕES
O estouro da barragem, em cinco de novembro do ano passado, matou 19 pessoas e provocou um tsunami de lama que avançou sobre a bacia do rio Doce até chegar ao litoral capixaba, sendo considerado o maior desastre socioambiental do Brasil.
A decisão foi assinada no dia 16 pelo juiz federal Jacques de Queiroz Ferreira, da Justiça de Ponte Nova em Minas. As empresas são acusados pelos crimes de homicídio, desabamento ou desmoronamento e inundação. O juiz deu prazo de 30 dias para que os réus apresentem sua defesa. Somente depois de analisar as argumentações, a Justiça vai decidir se os denunciados irão a júri popular.  Ferreira determinou também a prioridade na tramitação e a retirada de sigilo do novo processo.
Entre os réus, estão o diretor-presidente da Samarco na época do desastre, Ricardo Vescovi, o diretor de Operações e Infraestrutura, Kleber Luiz de Mendonça Terra, e o gerente geral de Projetos Estruturantes, Germano Silva Lopes. Todos eles já tinham sido denunciados também pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual (MPE).
Das 22 pessoas denunciadas, apenas o engenheiro da VogBR Samuel Paes Loures não foi acusado de homicídio com dolo eventual - quando se assume risco de matar. Ele responderá, juntamente com a VogBR, pelo crime de apresentação de laudo ambiental falso.
Para o Ministério Público Federal, a as empresas e os denunciados não tomaram medidas satisfatórias para evitar o acidente. Ao contrário, os executivos  teriam apoiado um processo de aumento na produção na região que teria colaborado com o rompimento da barragem de rejeitos de mineração.
Por meio de nota, a Samarco informou que ainda não foi citada no processo. A mineradora, contudo, afirmou que, em sua denúncia, "o Ministério Público Federal desconsiderou as defesas e depoimentos apresentados ao longo das investigações iniciadas logo após o rompimento da barragem de Fundão e que comprovam que a empresa não tinha qualquer conhecimento prévio de riscos às suas estruturas". A Vale rejeitou os termos da denúncia e afirmou que adotará medidas cabíveis perante o Poder Judiciário para comprovar sua inocência e de seus executivos e empregados. A BHP ainda não se posicionou sobre a aceitação da nova denúncia.

Rejeitos continuam espalhados e obras estão atrasadas
Um ano após a tragédia, os 40 milhões de m³ que vazaram após o colapso da barragem de Fundão ainda não foram removidos e continuam espalhados em um raio de 115 km na região. Com a chegada do período de chuva, o perigo de que essa massa de rejeitos de minério volte a se deslocar, poluindo ainda mais a bacia do Rio Doce, é grande. Segundo a presidente do Ibama, Suely Araújo, as obras para conter a lama estão atrasadas e a turbidez - presença de partículas em suspensão – da água próximo ao local do rompimento da barragem está acima do normal.
Desde o rompimento da barragem, o Ibama emitiu 69 notificações à Samarco, sendo algumas sobre determinações de como proceder em algumas situações e outras comunicando algumas irregularidades. Segundo o órgão ambiental, a mineradora cumpriu apenas 5% das recomendações feitas. O descumprimento da Samarco em adotar medidas de controle para acabar com a degradação ambiental fez o Ibama aumentar o número de multas aplicadas à mineradora, que agora possui 13 autos de infração, que já ultrapassam 300 milhões de reais. A última infração aplicada no dia primeiro de novembro prevê uma multa diária de 500 mil reais. A mineradora está recorrendo de todas elas.


MPF denuncia 26 por tragédia em Mariana (MG)
21 são acusados por homicídio doloso e outros três tipos previstos no Código Penal, além dos mesmos crimes ambientais atribuídos às empresas Samarco, Vale e BHP Billiton; já VOGBR e engenheiro da empresa são acusados de emissão de laudo ambiental enganoso


Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil (Fotos Públicas)

O Ministério Público Federal, por meio da força-tarefa que investiga o desastre socioambiental causado pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), denunciou à Justiça 21 pessoas por homicídio qualificado com dolo eventual - quando se assume o risco de cometer o crime - pela morte de 19 pessoas ocorridas na tragédia.

Entre os denunciados estão o presidente afastado da Samarco, Ricardo Vescovi de Aragão; o diretor de Operações e Infraestrutura, Kleber Luiz de Mendonça Terra; três gerentes operacionais da empresa; 11 integrantes do Conselho de Administração da Samarco; e cinco representantes das empresas Vale e BHP Billiton na Governança da Samarco.

Além disso, eles estão sendo acusados pelos crimes de inundação, desabamento e lesões corporais graves, todos com dolo eventual previstos pelo Código Penal. As 21 pessoas ainda foram denunciadas por crimes ambientais, os mesmos que são imputados às empresas Samarco Mineração S.A., Vale S.A. e BHP Billiton Brasil LTDA.

Samarco, Vale e BHP Billiton vão responder por nove tipos de crimes contra o meio ambiente, que envolvem crimes contra a fauna, a flora, crime de poluição, contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural. Samarcoe Vale ainda são acusadas de três crimes contra a administração ambiental. No total, as três empresas, juntas, vão responder por 12 tipos de crimes ambientais.

Já a VOGBR Recursos Hídricos e Geotecnia LTDA. e o engenheiro sênior da empresa, Samuel Santana Paes Loures, estão sendo acusados por apresentação de laudo ambiental falso, uma vez que emitiram laudo e declaração enganosa sobre a estabilidade da barragem de Fundão.

Por fim, o MPF pediu reparação dos danos causados às vítimas. O valor deverá ser apurado durante a instrução processual e arbitrado pela Justiça.

Consequências - O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, provocou destruição ao longo de toda a bacia do Rio Doce, chegando ao Oceano Atlântico, em Linhares (ES). Houve 19 mortes - entre adultos e crianças -, poluição e contaminação de recursos hídricos (Córrego Santarém, Rio Gualaxo do Norte, Rio do Carmo, Rio Doce e seus afluentes, regiões estuarina, costeira e marinha), do solo, do ar e do meio ambiente cultural.

O desastre afetou gravemente a vida de populações residentes na Bacia Hidrográfica do Rio Doce - e permanece ameaçando a manutenção e continuidade do modo de vida de povos e comunidades tradicionais, com agravamento, inclusive, dos problemas de saúde. Também comprometeu gravemente a economia regional e destruiu agricultura, pecuária, comércio, serviços e atividade pesqueira em toda a bacia hidrográfica, além da infraestrutura pública e privada nas cidades afetadas.

Os municípios também tiveram prejuízos, tanto os decorrentes da diminuição na arrecadação tributária, como os relacionados às ações emergenciais realizadas para mitigar os efeitos do desastre sobre a população atingida, e ainda perda de receita de alguns serviços, como o de abastecimento de água, esgotamento sanitário e produção de energia elétrica.

Denúncia - A ação penal protocolada pelo MPF faz um histórico de todos os problemas ocorridos na barragem de Fundão e da omissão dos denunciados em relação à tomada de decisões desde o licenciamento do empreendimento. Segundo a denúncia, mesmo conscientes de todos os riscos envolvidos na construção e na operação da barragem, “os denunciados optaram por uma política empresarial de priorização de resultados econômicos em detrimento de práticas de segurança para o meio ambiente e para as pessoas potencialmente afetadas, assumindo todos os riscos da causação das mortes”.

Para a Força-Tarefa, as investigações mostraram que os denunciados sabiam dos riscos de rompimento da barragem e, em vez de paralisar seu funcionamento, continuaram operando-a de forma irresponsável.

“De acordo com os depoimentos prestados percebemos que a segurança sempre esteve em segundo plano. O aumento da produção da Samarco procurou compensar a queda do valor do minério de modo a não só se manter, mas também a aumentar o lucro e os dividendos das suas acionistas Vale e BHP. Isso quando deveria ter adotado medidas para promover a segurança da barragem que pedia socorro e dava sinais de que romperia”, destaca o procurador da República José Adércio Leite Sampaio, coordenador da Força-Tarefa.

Além disso, a ação mostra que não foi dada a devida importância às comunidades situadas a jusante e que as decisões tomadas pelos acusados foram inconsequentes até mesmo com os funcionários da Samarco. A empresa não ofereceu treinamento adequado aos seus empregados e aos membros da comunidade com relação a situações críticas. Também não possuía, para casos de emergência, sirenes ou avisos luminosos.

Foi apurado, ainda, que a Samarco não prestava as informações tempestivas e completas aos órgãos de controle - inclusive os da própria empresa -, nem seguia plenamente as recomendações técnicas de segurança que deles recebia.

Um exemplo disso é que a Samarco não seguiu as recomendações do Manual de Operação, elaborado em 2007, revisado em 2012, e que deveria continuar sendo revisado a cada dois anos - o que não foi feito. O documento apresentava as diretrizes para o monitoramento geotécnico e ambiental, estabelecendo e relacionando os elementos a serem observados quando da realização das inspeções periódicas e, ainda, ações e procedimentos de segurança em caso de alterações nas leituras dos instrumentos de monitoramento.

“Ainda que obsoletas por não ter havido atualização desde 2012, algumas premissas que permaneciam válidas no Manual foram desrespeitadas pela empresa, configuradas falhas operacionais graves que concorreram para o rompimento da barragem em 2015. Fora que a carta de risco, uma espécie de protocolo do check list da barragem, também estava desatualizada. Tudo isso contribuiu para o desastre que deixou 19 pessoas mortas e esse dano imensurável ao meio ambiente”, frisa José Adércio.

Por fim, o MPF identificou nas investigações documento interno da Samarco que previa, em caso de rompimento da barragem, a possibilidade de provocar até 20 mortes, dano ambiental grave e paralisação das atividades da empresa por até dois anos.

Acusação - Recebida a denúncia, os acusados podem ir a júri popular e serem condenados a até 54 anos de prisão, além do pagamento de multa, de reparação dos danos ao meio ambiente e daqueles causados às vítimas da tragédia.

A ação penal - assinada pelos procuradores da República José Adércio Leite Sampaio, Jorge Munhós de Souza, Eduardo Henrique Almeida Aguiar, Eduardo Santos de Oliveira e Gustavo Henrique Oliveira - foi protocolada na Justiça Federal em Ponte Nova (MG), nesta quinta-feira, 20 de outubro.
Pra ler a íntegra da denúncia, clique aqui.


Alguns números do desastre:
- 19 pessoas mortas
- 29.300 carcaças de peixes coletadas ao longo dos rios Carmo e Doce, correspondendo a 14 toneladas de peixes mortos
- A degradação atingiu não menos que 240,88 ha de Mata Atlântica e 45 ha de Mata Atlântica com eucalipto
- Das 195 propriedades rurais atingidas em MG, 25 foram completamente devastadas
- 5.187.610m³ foi o volume de rejeitos encaminhados pela Vale para a Barragem de Fundão entre 2008 e 2015, o que corresponde a 27% de toda a lama depositada no local nesse período
- Vazaram do reservatório de Fundão para os terrenos e corpos hídricos de jusante mais de 40 milhões de m³ de rejeitos
- Em 2013, a Samarco teve um aumento de 3,2% no lucro e maior faturamento da história, enquanto se permanecia incrementando riscos proibidos na operação da barragem de Fundão, com redução dos gastos com segurança

Lista dos denunciados:


EMPRESAS
1- Samarco Mineração S.A.
2- Vale S.A.
3- BHP Billiton Brasil LTDA.
4- VOGBR Recursos Hídricos e Geotecnia LTDA.

PESSOAS FÍSICAS
5- Ricardo Vescovi de Aragão, diretor-presidente afastado da Samarco, brasileiro;
6- Kleber Luiz de Mendonça Terra, diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, brasileiro;
7- Germano Silva Lopes, gerente geral de Projetos Estruturantes da Samarco, brasileiro;
8- Wagner Milagres Alves, gerente geral de Operações de Mina da Samarco, brasileiro;
9- Daviely Rodrigues Silva, gerente de Geotecnia e Hidrogeologia da Samarco, brasileira;
10- Stephen Michael Potter, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da Vale, britânico;
11- Gerd Peter Poppinga, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da Vale, brasileiro;
12- Pedro José Rodrigues, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da Vale, brasileiro;
13- Hélio Cabral Moreira, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da Vale, brasileiro;
14- José Carlos Martins, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da Vale, brasileiro;
15- Paulo Roberto Bandeira, representante da Vale na Governança da Samarco, brasileiro;
16- Luciano Torres Sequeira, representante da Vale na Governança da Samarco, brasileiro;
17- Maria Inês Gardonyi Carvalheiro, representante da Vale na Governança da Samarco, brasileira;
18- James John Wilson, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da BHP Billiton, sul-africano;
19- Antonino Ottaviano, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da BHP Billiton, australiano;
20- Margaret MC Mahon Beck, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da BHP Billiton, estadunidense;
21- Jeffery Mark Zweig, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da BHP Billiton, francês;
22- Marcus Philip Randolph, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da BHP Billiton, estadunidense;
23- Sérgio Consoli Fernandes, integrante do Conselho de Administração da Samarco por indicação da BHP Billiton, brasileiro;
24- Guilherme Campos Ferreira, representante da BHP Billiton na Governança da Samarco, brasileiro;
25- André Ferreira Gavinho Cardoso, representante da BHP Billiton na Governança da Samarco, brasileiro;
26- Samuel Santana Paes Loures, engenheiro sênior da VOGBR, brasileiro.