Ilmo Sr
Roberto Navarrete
Diretor do Departamento de Parques e Jardins de Campinas
Prezado Senhor,
A Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, através do Secretário Regional Sudeste e a Comissão Técnica Consultiva de Arborização Urbana de Campinas, através de seu Coordenador, ambos representados por mim, Engº Agrônomo e Arborista Certificado pela International Society of Arboriculture, Joaquim Teotônio Cavalcanti Neto, cidadão Campineiro, venho por meio deste comunicado, solicitar esclarecimentos sobre os trabalhos anunciados e iniciados pelo Departamento de Parques e Jardins -DPJ - sobre as supressões de árvores mortas no município de Campinas, através das seguintes questões:
1- Quais critérios ou parâmetros técnicos que foram utilizados para determinar a morte das árvores ou sua manifesta falência?
2- Em caso de árvores com cavidades, quais foram os parâmetros técnicos adotados para verificar o risco de ruptura em função das cavidades encontradas, diâmetro do tronco e madeiras sadias restantes?
3- Em caso de árvores com aberturas ou fendas, quais foram os parâmetros técnicos adotados para verificar o risco de ruptura em função das cavidades encontradas, diâmetro do tronco e madeiras sadias restantes?
4- Quais as categorias de defeitos ou de características das árvores que estão sendo consideradas para realizar as supressões?
5- Quais e quantos foram os técnicos envolvidos no Diagnóstico e Inventário para se apresentar resultados de "20 mil árvores a serem suprimidas", conforme anunciado, na cidade de Campinas e quanto tempo foi demandado para tal atividade?
6- Qual o tipo de Inventário de Arborização Urbana adotado para tal levantamento?
7- Houve algum tipo de georeferenciamento para coordenar trabalhos e as equipes de campo?
8- Como as equipes de supressão estão sendo acompanhadas e coordenadas já que há somente "um" Engenheiro Agrônomo no DPJ?
9- Quando e de que forma será realizada a destoca das árvores suprimidas?
10- Quando e com quais espécies se dará o replantio das árvores?
11- Quais foram os treinamentos e a carga horária a que foram submetidos os técnicos e equipes envolvidos na avaliação de risco das árvores inventariadas e condenadas?
12- Qual o controle e a destinação desse resíduo lenhoso?
13- Por qual motivo Instituições ligadas ao assunto e os técnicos componentes da Comissão Técnica Consultiva de Arborização de Campinas não foram comunicados e consultados sobre esta atividade em curso?
Gostaríamos de reconhecer que os trabalhos à favor da arborização urbana são bem vindos, mesmo aqueles que tratam da supressão de árvores de risco, manejo que faz parte do processo de Sustentabilidade da Arborização Urbana das cidades e de mitigação de riscos em defesa de seus cidadãos e patrimônio público.
No entanto o estabelecimento de métodos e parâmetros técnicos adotados para tais procedimentos devem ser conhecidos, divulgados e aplicados, a fim de que árvores sadias ou passíveis de cuidados, não passem por árvores mortas ou em risco de queda, diminuindo ainda mais a pequena quantidade de árvores da nossa cidade.
Da mesma forma, considerando existir Instituições governamentais e não governamentais com profissionais altamente especializados no assunto e, considerando ainda que no DPJ só existe um agrônomo, não especializado, por qual motivo não se estabelecem diálogos francos e abertos, dirimindo dúvidas e cooptando auxílios técnicos com essas instituições e técnicos?
Assim sendo, solicitamos a atenção de Vsa para nossos questionamentos, os quais serão também enviados para os órgãos e Instituições que corroborem com nossas preocupações.
Aguardando Vossa manifestação, colocamo-nos à disposição.
Atenciosamente,
Engº Agrônomo Joaquim Teotônio Cavalcanti Neto
Coordenador da Comissão Técnica Consultiva de Arborização de Campinas
Secretário Regional Sudeste da Sociedade brasileira de Arborização Urbana
Arborista Certificado pela International Society of Arboriculture
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