Buraco chega a 2 metros de comprimento em via do Satélite Íris, impedindo até perua escolar de chegar às casas
Inaê Miranda
22/01/2012
O menino David Menezes dos Santos, de 4 anos, olha cratera que impede
a perua escolar de chegar à sua casa para levá-lo para a creche
(Foto: César Rodrigues/AAN)
Uma cratera de mais de dois metros de comprimento dificulta a vida dos moradores da Rua Nivaldo Alves Bonilha, no Jardim Satélite Íris I, região Noroeste de Campinas. Já sem infraestrutura básica, eles viram a situação piorar, em dezembro, com a chegada das chuvas. Por causa da erosão, a rua ficou intransitável e serviços básicos de coleta de lixo e entrega de gás não chegam ao local. Um garoto de 4 anos precisou ser tirado da creche porque a perua escolar não consegue chegar até sua casa.
O cenário parece de guerra. Os buracos tomaram conta da rua do começo ao fim e, no centro, uma cratera de mais de dois metros aumenta de tamanho todas as vezes que chove. Uma das preocupações dos moradores é com o risco de dengue em função da água que tem se acumulado nos buracos. “A água fica empoçada direto e não passa ninguém aqui para resolver essa situação”, afirma a empregada doméstica Nícia Menezes dos Santos.
Por causa dos buracos, o pequeno David Menezes dos Santos, de 4 anos, filho de Nícia, deixou de ir à creche no ano passado. “O motorista do transporte escolar me falou que não ia poder mais passar aqui na rua porque ele estava correndo risco de cair no buraco.Como eu não tenho como levá-lo à escolinha porque trabalho longe, e também não tenho quem o leve, precisei tirá-lo da escola. Desde o ano passado, ele fica só dentro de casa.”
Serviços básicos e essenciais como a coleta de lixo praticamente não funcionam. Caminhões, ônibus ou carros de passeio não conseguem acessar a rua já faz algum tempo. Quem se arrisca, normalmente, fica preso nos buracos, segundo os moradores.
Os botijões de gás ou garrafões de água mineral precisam ser carregados nas costas. O acúmulo de lixo nas portas tem sido frequente. “De vez em quando, os lixeiros vêm a pé e recolhem o lixo, mas não adianta muito porque não é sempre que eles passam”, diz.
Há pouco tempo, a mãe da estudante Daniela Almeida Franco, de 19 anos, caiu em um dos buracos e quebrou o braço.”É horrível ter que enfrentar essa buraqueira todo dia. Perua escolar não entra, carro e ônibus não passam. É muito ruim e as outras ruas do bairro não fogem muito disso”, afirma.
O coordenador de Administrações Regionais, João Batista de Toledo Guedes, informou por meio da assessoria de imprensa que tem conhecimento dos problemas da rua, mas não da cratera que se aprofundou nos últimos dois meses. Informou ainda que o período de chuva dificulta as obras no local, mas que na segunda-feira, pretende enviar uma equipe técnica para analisar as condições da rua e encontrar uma solução para amenizar os problemas.
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