Figueira Barão Geraldo sem chance de sobreviver....
Norma da ABNTpara podas:
https://drive.google.com/file/d/1OoQeTuxAImNRWJEsEGbZ7vaPDYv78Dpi/view?usp=sharing
Vejam também o laudo(?) do DPJ
Moradores comentam que a árvore começou a definhar depois do início da construção do condomínio ao lado...
A desarborização de Campinas
A gestão Dario Saadi será lembrada pela população como aquela que promoveu a maior “desarborização” que Campinas tem notícia.
As podas extremamente agressivas e as supressões tem atingido árvores de toda a cidade. Elas começaram a ocorrer após as mortes de duas pessoas causadas por quedas de árvores – um homem de 36 anos na via lateral ao Bosque dos Jequitibás, em 28 de dezembro de 2022, e uma menina de 7 anos, em pleno Parque do Taquaral, em 24 de janeiro de 2023.
De maneira geral, a explicação para os acontecimentos recaíram sobre as chuvas muito acima do normal entre dezembro e janeiro, que saturaram o solo e provocaram a queda de centenas de árvores, a maioria delas sadias.
Praticamente todos os parques e áreas verdes da cidade ficaram meses interditadas, enquanto o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) realizava a poda e supressão de centenas de árvores. O Bosque dos Jequitibás retornou a suas atividades apenas em agosto.
No início de fevereiro, o DPJ realizou a extração de 27 árvores da região da Francisco Glicério e da Abolição. Ao final da Francisco Glicério, logo após a esquina com a Aquidaban, além da retirada das árvores, o próprio canteiro central foi retirado, portanto, sem reposição de vegetação no local.
Em Barão Geraldo, a vítima da ação da Prefeitura foi a figueira (ficus elastica) centenária que marcava o início da Estrada da Rhodia. A “poda” que, muito provavelmente, matou a árvore-símbolo de Barão, começou a acontecer no final de agosto e durou cerca de dez dias. A ação causou revolta e tristeza na comunidade de Barão e da cidade. A Prefeitura alega que havia doença fúngica na árvore. É possível, mas a agressividade da poda não parece ter melhorado a situação da figueira, ao contrário.
O que marca as ações que se reproduziram nos parques, jardins, praças e ruas de Campinas é a falta de diálogo da Prefeitura com as comunidades que usufruem das árvores e as têm como símbolos de seus bairros. As árvores não são meros “mobiliários” urbanos que possam ser removidos e trocados. Guardam a memória afetiva da população, além de diminuírem a temperatura embaixo de sua copa, o impacto da água das chuvas, e reduzirem a poluição do ar e sonora, entre tantos benefícios.
O que fica evidente também é a dificuldade da Prefeitura em ter equipes suficientes e bem preparadas para realizar o manejo das árvores da cidade, de modo que situações como as que ocorreram nos primeiros meses do ano possam ser previstas e minoradas em seu impacto. Que as árvores possam ser cuidadas e tratadas antes de terem que ser arrancadas.
Além da reposição das árvores suprimidas – pela legislação municipal, ao menos 25 mudas devem ser plantadas para cada árvore retirada – Campinas precisa compreender que a emergência climática vai continuar gerando cada vez mais alterações no regime de chuvas e até mesmo provocando cataclismas como o que ocorreu neste início de setembro no Rio Grande do Sul.
Portanto, é fundamental que as ações de arborização seja compartilhadas entre a sociedade civil articulada pela preservação ambiental, as universidades, órgãos públicos e o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema), de modo a se compor um sistema de proteção das árvores da cidade, que precisa ir muito além do DPJ.
Deixem nossas árvores viverem!
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