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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Queda de árvore é o fim da linha do descaso do poder público

















Árvores não caem...
Se houver cuidado...
Se houver planejamento...
Se houver inventário quali-quantitativo...

Árvores caem pelo desprezo ...
Pela falta de cuidado...
Pela omissão dos órgãos competentes...
Pela falta de planejamento...
Pelo desconhecimento técnico...
Pelos maus-tratos ...

Entrevista com José Hamilton Aguirre Junior, dia 25/12/14 , especialista e mestre em arborização urbana http://globotv.globo.com/eptv-sp/jornal-da-eptv-1a-edicao-campinaspiracicaba/v/campinas-tem-4-mil-arvores-a-espera-de-poda-e-extracao/3853812/
José Hamilton complementa sua fala:
"..Sobre quedas de árvores... o trabalho técnico sério existe para planejar, gerir e evitar que isso ocorra... inventários quali-quantitativos são importantes ferramentas de gestão pública da arborização. Quedas de árvores são o fim da linha do descaso do poder público.
 Aumentaram-se gigantescamente os recursos para remoção e poda de árvores, mas isso continua refletindo na destruição da arborização, na péssima qualidade do serviço e na ausência de respostas corretas à população que chega a esperar 6 anos - faltam técnicos qualificados e o serviço é feito sob medição. Precisamos cada vez mais das árvores e do uso efetivo do conhecimento. 
Nossa sociedade tenta transformar as árvores em vilãs, quando são tão vítimas do descaso quanto os cidadãos. Queda de árvore é o fim da linha da inoperância do poder público!!! Avaliações técnicas corretas, inventários e censos temporais evitam que isso ocorra..."
Matéria do G1  http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/12/campinas-tem-espera-de-ate-6-anos-para-poda-ou-extracao-de-arvores.html  , demonstra a fragilidade das avaliações e da falta de um inventário.
Frase citada no final da reportagem ..."segundo a prefeitura as equipes que fazem a avaliação das árvores são treinadas para avaliar as condições e em caso de dúvida um engenheiro agronomo é acionado para ajudar na decisão"...
E o problema não é de hoje, veja link com video de 2011  http://blog.individuoacao.org.br/2011/11/arvores-em-campinas-correm-risco-de.html
O bairro Cambuí é o único em Campinas que possui censo de arborização viária  http://www.readoz.com/publication/read?i=1043428#page10  , e pelo estudo foi constatada a carencia de 6199 árvores apenas no bairro Cambui (ano 2007/2008)
Em 2012 houve o estudo "Quantificação da arborização urbana viária de Campinas" pela Embrapa atraves dos pesquisadores Ivan A.Alvarez e Bruna C Gallo http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/82260/1/029-12.pdf.
Foi efetuado um têrmo de cooperação técnica entre A Embrapa e a prefeitura de Campinas (http://www.campinas.sp.gov.br/uploads/pdf/cooperacao%2003_2013.pdf ), para implementação do projeto "Arvores de Campinas : banco de dados cadastrais" cuja duração seria de 12 meses , de junho de 2013 a maio de 2014. Pesquisa no site da prefeitura sobre o andamento do processo, mostra que em 19/12/14 ele se encontrava no gabinete do secretario -SVDS.Importante notar que apesar arborização viária ser responsabilidade da secretaria de serviços públicos(DPJ), esse convenio não passou pelo setor

Campinas necessita do cadastramento e inventário quali-quantitativo de todas as árvores da cidade.
Esse inventário vai descrever o estado de saúde de cada árvore.
Com isso evitaremos chegar na situação de calamidade atual , onde se tem várias quedas de árvores.
O Movimento Resgate o Cambuí, juntamente com a sociedade civil, solicitou orçamento à USP-ESALQ atraves do Prof. Demóstenes Ferreira da Silva filho.
O orçamento segue no link http://pt.slideshare.net/ResgateCambui/cadastramento-e-inventario-usp  e toma como base o número de individuos do estudo da Embrapa, ou seja, 127.367.
O valor do estudo é de R$ 1.528.404,00, com o valor unitário de R$ 12,00 (doze reais) por árvore.
Na licitação para contratação de empresa(s) para a prestação de serviços de manutenção contínua de áreas verdes, consta no documento apendice 2 ( http://pt.slideshare.net/ResgateCambui/13-novo-apendiceialote2doanexoi20140408163144 ), o valor de R$ 22.106.179,93 como total para manutenção da arborização, plantio de árvores e equipe técnica.
Consta tambem o valor mensal sendo R$ 1.842.181,66.
Questionamos o fato de não ter sido exigido um inventário , pois ele seria menor que o valor gasto em um mês .
Questionamos o gasto com manutenção de árvores sem ter estudo do real estado que se encontram
Questionamos o plantio sem prévio inventário.
Esses e outros questionamentos serão respondidos no Ministério Público através do inquérito civil que apura possiveis irregularidades no serviço com a arborização em Campinas( informações no link http://blog.individuoacao.org.br/2014/05/o-ministerio-publico-instalou-inquerito.html )
Atenção ao fato de que apesar da verba dos contratos para manutenção das areas verdes e arborização ser de mais de 73 milhões  ,não há plantão nos finais de semana e feriados, ficando a população sem ter a quem recorrer .
Importante frisar que na licitação todo trabalho deve ter a orientação/ fiscalização e ordens de serviço do DPJ (Departamento de Parques e Jardins de Campinas) que até pouco tempo atras possuia poucos técnicos graduados para o serviço.
Importante tambem ver uma extração de árvore feita pela MB (vencedora da licitação) , onde o serviço não é executado com técnica e supervisão , colocando pedestres , automóveis e os proprios funcionários em risco https://www.youtube.com/watch?v=HY5DMAo5E-U

Segue mais informação:
Poda e extração de árvores urbanas-265 unidades/mes
Plantio- 1400 unidades /mes
Sendo 5 equipes de 15 profissionais (75) para pode e extração e 2 equipes de 12 profissionais (24) para plantio.
Novamente questionamos como extrair e plantar árvores sem ter sido feito um inventário.
Trecho extraido do documento "Projeto Basico" mostra a preocupação de identificação de cada ponto do sistema  de iluminação existente.
Perguntamos porque não se tem essa mesma preocupação na identificação , tão necessária, das árvores?
Mesmo com todos os problemas citados, a população avança com seus projetos:
e consegue alguns resultados:


Movimento Resgate o Cambuí

Tereza e grupo




















Árvore da Rua Santos Dumont entre a Maria Monteiro e a Cel Quirino






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O descaso com nossas árvores continua...


Matéria abaixo , de 15/11/19 caíram 42 árvores....


Mas...


Árvores não caem...
Se houver cuidado...
Se houver planejamento...
Se houver inventário quali-quantitativo...


Árvores caem pelo desprezo ...
Pela falta de cuidado...
Pela omissão dos órgãos competentes...
Pela falta de planejamento...
Pelo desconhecimento técnico...
Pelos maus-tratos ...




Vejam também este post:
Arborização urbana/inventário Cambuí



Um feriado com cenas de destruiçãoTemporal de quinta-feira à noite, com chuva e vento de 97,5km, deixou marcas em Campinas
 Publicado 15/11/2019 - 19h37 - Atualizado 15/11/2019 - 19h40
Por Henrique Hein


    
                                   MatheusPereira/Especial para a AAN

  
Maquinário da Prefeitura tenta desobstruir a Avenida Theodureto de Almeida Camargo, próximo à Avenida Brasil, onde um flamboyant tombou com a força dos ventos



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O temporal que caiu entre a noite desta quinta-feira (14) e a madrugada desta sexta-feira (15) causou muitos estragos em Campinas. Não fosse o dia de feriado da Proclamação da República, os transtornos para a vida cotidiana seriam ainda maiores.
De acordo com a Defesa Civil, o temporal provocou, em menos de 24 horas, a queda de 42 árvores e um destelhamento no bairro Gleba B, sem vítimas fatais ou feridos. A chuva forte, com ventos de até 97,5 km/h, também interrompeu o fornecimento de energia em alguns bairros e trouxe impactos no trânsito da cidade. Entre as regiões afetadas esteve a Vila Industrial, bairro-sede da central de produção do Grupo RAC, o que inviabilizou a edição impressa do Correio desta sexta (o conteúdo foi disponibilizado no ambiente digital por meio de acesso ao site www.correio.com.br)
No começo da manhã de sexta, uma árvore caiu na Avenida Theodureto de Almeida Camargo, no Jardim Nossa Senhora Auxiliadora, por volta das 8h30, e interditou por completo a Avenida Luiz Smânio, que dá acesso à região do Castelo. O trânsito ficou todo concentrado na Avenida Brasil e os reflexos atingiram a Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), no trecho conhecido como Tapetão. Foram necessárias cerca de três horas para que o fluxo de veículos voltasse a normalidade.
Além da Theodureto, outras vias importantes do município também foram bloqueadas. Somente na quinta-feira, foram registradas quedas de árvores nas regiões do Jardim Flamboyant, Jardim Chapadão, Parque Valença 1, Jardim Santa Rita de Cássia, Vila Costa e Silva, distrito de Sousas, Parque Dom Pedro II, Vila 31 de Março, Satélite Íris I, Chácaras São Martinho e Vila Industrial. Na Avenida Francisco de Paula Souza, no Jardim São Vicente, uma árvore chegou a cair em cima de um veículo, mas ninguém se feriu.
Acumulado de chuvas
O acumulado de chuvas dos últimos três dias, em Campinas, representou 40,3% do esperado para todo o mês de novembro. De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, a média histórica para o mês é de 162,3 milímetros de chuva, mas, somente entre as manhãs de terça e sexta-feira, foram 65,5 milímetros computados.
Segundo o instituto, a previsão é que as chuvas deem uma trégua a partir de hoje, com o retorno do tempo firme e do Sol. Para hoje, os ventos estarão moderados durante todo o dia e as temperaturas devem ficar entre os 16 e 26 graus. Já amanhã, a expectativa é de uma amplitude térmica ainda maior, com mínimas mais baixas e máximas um pouco mais elevadas, podendo atingir os 30 graus.