Manifestações sobre a não participação dos conselhos
e sociedade civil nas reuniões do "GRUPO DE TRABALHO E REVISÃO DA
LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E EDILÍCIA E USO E OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO"
referentes à aplicação dos artigos do decreto municipal nº 17.890 de 28 de fevereiro
de 2013 (http://www.leismunicipais.com.br/cgi-local/showinglaw.pl)
Nos anexos estão documentos protocolados pela sociedade e entidades.
http://www.slideshare.net/ResgateCambui/oficio-02-130001-1
http://www.slideshare.net/ResgateCambui/resposta-prefeitura-ao-oficio-02-2013-em-03-de-maio-de-2013a-mo-taquaral-1
..E a situação no local vai piorar ainda mais
quando todas as 17 torres de prédios situadas ao lado da Unip estiverem
totalmente ocupadas. “Se eles aprovaram os empreendimentos, deveriam ter feito
um estudo do impacto que isso iria provocar. Quem comprou e paga suas contas
não pode arcar com esses custos”, afirma Hilda...
E as considerações de uma arquiteta, membro do CONCIDADE e que consta da
comunicação entre os conselheiros:
----- Original Message -----
Sent:
Wednesday, April 24, 2013 5:34 PM
Subject: Re: Moção-discussão final para
encaminhamento urgente
Caros colegas conselheiros,
Depois de todos os debates a respeito da moção e do grupo de trabalho, fiz
algumas alterações no texto e coloco a nova proposta abaixo.
Mas antes gostaria de fazer algumas considerações.
A minha formação é em arquitetura e por isso tenho
a tendência em ver os problemas urbanos como situações a serem resolvidas por
técnicos.
A participação do cliente e do usuário no desenvolvimento de um projeto é um
exercício que me proponho a fazer todos os dias como profissional e espero
estar evoluindo na direção de fazer projetos mais altruístas.
Em arquitetura nós dividimos o desenvolvimento de
um projeto em fases.
Existe uma fase de (1) estabelecimento de metas, uma de (2) coleta de dados,
uma de (3) formulação e testes de conceitos e propostas, de (4) definição das
necessidades, (5) indicação do problema e finalmente as (6) o projeto, que deve
ser testado, de maneira que esse processo retorna à fase 3.
Às 5 primeiras fases chamamos Programação e é sobre elas que eu gostaria de
conversar a respeito.
Entendo que este momento de discussão que estamos
passando se encaixa aí. A 5ª Conferência da Cidade é a nossa "FASE
1 - ESTABELECIMENTO DE METAS" para o projeto "REVISÃO DA LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA, EDILÍCIA, DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
E DE PARCELAMENTO DO SOLO". É a partir daquilo que tratarmos como
prioridade no documento municipal da 5ª Conferência que todas as outras
políticas tem que se guiar.
A "FASE 2" da coleta
de dados tem várias questões a serem vistas. Algumas são técnicas, dizem
respeito a topografia, tipo do solo de cada região, levantamento do ambiente
construído, dados estatísticos. Outras dizem respeito ao usuário.
Estou imaginando a seguinte situação: o
CLIENTE deste projeto é a Cidade de Campinas, é ele que detém o capital para
implantar o projeto. A população, todos nós, somos os USUÁRIOS desse espaço,
nós é que sabemos o que funciona e o que não funciona em cada canto, o que
falta, e agora estou falado das coisas menores, não mais das Metas, mas dos
pontos de ônibus, dos corredores de circulação, dos locais de estacionamento,
do tamanho das construções, do trabalho vinculado à residência...
Ou seja, precisamos garantir a
participação da população, da sociedade civil organizada nessas duas etapas.
Pra começar!
A FASE 3 é desenvolvida por um
corpo técnico, é trabalho braçal, e no momento de teste e apresentação dos
conceitos à população em reuniões e audiências saberemos se o grupo de técnicos
foi sensível às reivindicações da sociedade civil. Se não foram, sempre podemos
rejeitar as propostas.
A Fase 4 vai precisar novamente
da participação da sociedade civil organizada, porque é quando se deve tratar
das questões relativas ao dinheiro, o valor da terra, da construção, a função
social da propriedade...
A Fase 5 tem que ser a síntese de tudo
o que foi discutido. E aqui voltamos nós para fiscalizar se os planos coincidem
com as metas. Aqui entra o nosso papel fiscalizador como Conselheiros.
Quando solicitamos a inclusão dos
conselhos municipais neste processo não queremos de maneira alguma tomar o
lugar dos técnicos. Muito pelo contrário!
Queremos colaborar para que a revisão
dessas leis reflita a real necessidade da população de Campinas.
Queremos que ela seja feita a partir de
um processo democrático, mas mais importante ainda, que seja PARTICIPATIVO,
para que seja eficiente.
Não nos interessa mais uma lei que não
seja conhecida e reconhecida pela população campineira, e é também por isso que
é importante que esse processo conte com a participação popular.
Nós temos aqui a chace de fazer
história, de fazer um processo de ampla discussão e criar leis melhores para
todos nós e para o desenvolvimento de nossa cidade.
Espero que essa situação seja revista,
para que tenhamos alguma chance.
L
Movimento Resgate o Cambui
Depto de comunicação