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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

As árvores de Campinas pedem socorro...

 

As árvores de Campinas pedem socorro...

A prefeitura de Campinas por meio do seu setor de parques e jardins (DPJ) ,e da licitada MB, acaba com as árvores de Campinas.Também a CPFL acaba com elas.

Laudos são feitos pelas mesmas pessoas que podam e/ou suprimem e ganham para isso.Quanto mais poda e extração, mais medição e mais verba.

Também temos o problema da "dita" usina verde , que precisa utilizar de 100 a 165 toneladas/mes para misturar com lodo de esgoto.Isso está na licença daCetesb -link:

https://drive.google.com/file/d/1MFfyr6GFnx_jJy43qMVbYmNFrDB1R6xU/view


Também a secretaria do clima (Seclimas) emite autorização para todos que entram com pedido de supressão, sem ir ao local conferir a necessidade.

Toda segunda-feira no diário oficial sai um relatório.Acompanhe e veja o número absurdo de pedidos de extrações de árvores.

Esse relatório é de 3/11/25:

DEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL RELATÓRIO SEMANAL PARA FINS DE CONTROLE ENTRADA DE PROCESSOS PELO DEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA SECRETARIA MUNICIPAL DO CLIMA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE ENTRE 27/10/2025 E 31/10/2025

https://portal-api.campinas.sp.gov.br//sites/default/files/publicacoes-dom/dom/1711151318781113187817111503.pdf


Abaixo uma amostragem do que ocorre na cidade:


-Dia 23/9/25

Bosque dos Jequitibás, MB/prefeitura atacando novamente.
Comentário cidadão:
-Estou ouvindo motosserra na curva do Bosque dos Jequitibás
-Será q mais alguma árvore 🌳 caiu por causa da chuva de ontem?!
-O barulho da motosserra continua, agora em outras partes do Bosque
-Nossa...eles não param...
🤦🏻‍♀️




-Dia 22/10/25
Praça da Igreja Santana em Sousas.






Relatório defesa civil:


-Dia 27/10/25
Bombeiros extraindo árvore na rua Maria Monteiro em frente à Igreja.
Pessoas do posto de gasolina afirmaram que não caiu nenhum galho.Porque estão tirando? E porque os bombeiros?




^



-OBS-a árvore era imune ao corte...

DECRETO Nº 16.011, DE 03 DE OUTUBRO DE 2007


DECRETA:

Art. 1º  Ficam declarados imunes ao corte, nos termos do Art. 2º  da Lei Municipal nº 11.623, de 22 de julho de 2003, dois exemplares de ipê-rosa (Tabebuia pentaphylla), localizados no canteiro central da Rua Maria Monteiro, no trecho entre as ruas Coronel Silva Teles e Santos Dumont.

https://bibliotecajuridica.campinas.sp.gov.br/index/visualizaroriginal/id/86917

-Resposta a um questionamento sobre as arvores imunes ao corte-de 2022



-Solicitamos pela lei de acesso a informação, protocolo 863-2025:

Pela lei de acesso a informação exponho e solicito:

Exponho:

Considerando o Decreto 16.011 de 2007, publicado em DOM 04/10/2007, p. 01, tendo em vista o Art. 1º que declara imunes ao corte, nos termos do Art. 2º da Lei Municipal 11.623 de 22 de julho de 2003, os dois exemplares de Tabebuia pentaphylla, localizados no canteiro central da Rua Maria Monteiro, no trecho entre as ruas Coronel Silva Teles e Santos Dumont.

Considerando que na data de hoje (27 de outubro)houve a extração de um deles pelos bombeiros com dois dos seus caminhões,e também com apoio da Emdec (fotos nos anexos)Solicito:

1- Quais razões que levaram à supressão de árvore protegida por legislação municipal específica de imunidade ao corte?

2- Autorização,laudos técnicos, ART e documento de aprovação dos órgãos técnicos competentes;

3- Documentação probatória emitida pelo Comdema e de protocolizado encaminhado ao órgão;

4- Razões da supressão haver sido realizada pelo corpo de bombeiros;

5- Relatório de Execução da Operação, emitido pelo corpo de bombeiros com as razões da supressão haver sido realizada por eles, com os responsáveispor tal atividade;

6- Projeto de compensação ambiental em calçadas do Bairro Cambuí, com a localização e espécies a serem utilizadas, equivalentes a 25 exemplares para esse suprimido, (tendo em vista sua proteção em regime especial), no local da supressão e entorno, com o cronograma de realização.

7- A pedido de quem foi realizada tal supressão?Anexar documentação.

8- Qual a quantidade de madeira e destinação da mesma? Apresentar comprovantes.



-Solicitamos tembem a informação dos bombeiros:

Pedido de acesso à informação

informação documental

Campinas-bairro Cambui

Bombeiros

29/10/2025 12:01:12

Pela lei de acesso a informação exponho e solicito: Exponho: Considerando o Decreto 16.011 de 2007, publicado em DOM 04/10/2007, p. 01, tendo em vista o Art. 1º que declara imunes ao corte, nos termos do Art. 2º da Lei Municipal 11.623 de 22 de julho de 2003, os dois exemplares de Tabebuia pentaphylla, localizados no canteiro central da Rua Maria Monteiro, no trecho entre as ruas Coronel Silva Teles e Santos Dumont. Considerando que na data de 27 de outubro houve a extração de um deles pelos bombeiros com dois dos seus caminhões,e também com apoio da Emdec (fotos nos anexos)Solicito: 1- Quais razões que levaram à supressão de árvore protegida por legislação municipal específica de imunidade ao corte? 2- Autorização,laudos técnicos, ART e documento de aprovação dos órgãos técnicos competentes; 3- Documentação aprobatória emitida pelo Comdema e de protocolizado encaminhado ao órgão; 4- Razões da supressão haver sido realizada pelo corpo de bombeiros; 5- Relatório de Execução da Operação, emitido pelo corpo de bombeiros com as razões da supressão haver sido realizada por eles, com os responsáveispor tal atividade; 6- Projeto de compensação ambiental em calçadas do Bairro Cambuí, com a localização e espécies a serem utilizadas, equivalentes a 25 exemplares para esse suprimido, (tendo em vista sua proteção em regime especial), no local da supressão e entorno, com o cronograma de realização. 7- A pedido de quem foi realizada tal supressão?Anexar documentação. 8- Qual a quantidade de madeira e destinação da mesma? Apresentar comprovantes. Obs-foi filmado tambem https://www.youtube.com/shorts/9Hh-mzthpRM
Resposta:

Prezado Solicitante,
Em atenção à manifestação registrada com fundamento na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), informamos que a atuação do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo em ocorrências que envolvem corte ou manejo de árvores está amparada pela legislação vigente e integra suas atribuições legais de proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.
Nos termos do Decreto Estadual nº 63.911/2018, que aprova o Regulamento Geral da Polícia Militar, e do Decreto Estadual nº 56.819/2011, que estabelece o Regulamento dos Corpos de Bombeiros, compete à Corporação atuar em situações emergenciais que representem risco iminente de queda de árvores ou partes delas, sempre que houver ameaça concreta à integridade de pessoas, edificações ou vias públicas.
Em tais circunstâncias, a supressão total ou parcial da árvore configura medida de urgência e caráter técnico-operacional, adotada exclusivamente para eliminar o perigo imediato e restabelecer a segurança pública, não se confundindo com ações de manejo, poda ou remoção planejada — estas de competência dos órgãos municipais responsáveis pela arborização urbana.
No caso em questão, foi aberto Talão de Vistoria Técnica, e a equipe de Bombeiros que compareceu ao local constatou rachadura no tronco e danos estruturais na base da árvore, caracterizando risco concreto e iminente de queda. Diante dessa constatação, a intervenção imediata foi necessária e devidamente justificada, conforme os protocolos operacionais da Corporação e os princípios da legalidade, necessidade e proporcionalidade.
Ressalta-se que, em situações emergenciais dessa natureza, não há necessidade de comunicação prévia ao Departamento de Parques e Jardins (DPJ) ou ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA), uma vez que a prioridade é a preservação de vidas e a prevenção de danos.
Atenciosamente,
Departamento de Controle do Corpo de Bombeiros.

Recuso 1a instância:

Solicito recurso.Não veio nenhum dos documentos solicitados, principalmente os itens 2 e 7.Segue o solicitado:
 1- Quais razões que levaram à supressão de árvore protegida por legislação municipal específica de imunidade ao corte? 2- Autorização,laudos técnicos, ART e documento de aprovação dos órgãos técnicos competentes; 3- Documentação aprobatória emitida pelo Comdema e de protocolizado encaminhado ao órgão; 4- Razões da supressão haver sido realizada pelo corpo de bombeiros; 5- Relatório de Execução da Operação, emitido pelo corpo de bombeiros com as razões da supressão haver sido realizada por eles, com os responsáveispor tal atividade; 6- Projeto de compensação ambiental em calçadas do Bairro Cambuí, com a localização e espécies a serem utilizadas, equivalentes a 25 exemplares para esse suprimido, (tendo em vista sua proteção em regime especial), no local da supressão e entorno, com o cronograma de realização. 7- A pedido de quem foi realizada tal supressão?Anexar documentação. 8- Qual a quantidade de madeira e destinação da mesma? Apresentar comprovantes. Obs-foi filmado tambem https://www.youtube.com/shorts/9Hh-mzthpRM


-Matéria de 30/10/25

Ipê-roxo de 60 anos protegido por lei é cortado no Cambuí, em Campinas


O Corpo de Bombeiros cortou, na última terça-feira (28), uma árvore da espécie ipê-roxo de cerca de 60 anos, 18 metros, saudável e vigorosa, que ficava no canteiro central localizado em frente a Igreja Nossa Senhora das Dores, na Rua Maria Monteiro, 1212, no Cambuí. O ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus) é uma das espécies declaradas imunes ao corte em Campinas, ou seja, protegidas por lei municipal e não podem ser cortadas, removidas, podadas de forma drástica ou sofrer qualquer dano sem autorização expressa da Prefeitura. A árvore estava localizada no canteiro da Rua Maria Monteiro, entre a Avenida Cel. Silva Telles e a Rua Santos Dumont, no bairro Cambuí, em Campinas.

O procedimento, porém, ocorreu sem a autorização e o respaldo do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), órgão responsável pela arborização em Campinas, que realiza vistorias técnicas e autoriza o corte de árvores, vinculado à Secretaria de Serviços Públicos.

https://www.correiodamanha.com.br/nacional/sao-paulo/campinas/2025/10/230697-corpo-de-bombeiros-corta-ipe-roxo-protegido-por-lei-no-cambui.html



-Dia 3/11/25

Rua Coronel Quirino esquina com Carlos Guimarães.
Denúncia:
Acabei de flagar uma equipe particular cortando outra arvore no Cambuí.
E amanhã eles ficaram de cortar outra, imensa, que aparentemente está saudavel (o próprio funcionário que estava cortando me falou)
Mas tem a autorização da prefeitura

Segundo o funcionário p corte foi realizado a pedido do dono de uma farmacia que vai abrir no local




Olhem a sombra que a magnólia, já extraída, dava ao estacionamento...



estacionamento sem a magnólia



Foto aérea


Extração da magnólia 3/11/25









-Comentário cidadão:
Está dito que as árvores "apresentam necessidade de intervenção conforme recomendado pela Eng. Agrônoma Ângela Maria Vedovello"

Isso não explica nada! 

E diz ainda o documento de autorização da Prefeitura:

"Considerando o que foi avaliado [?!!! 🤌🏽] recomendamos e autorizamos a execução do serviço de extração de 2 indivíduos arbóreos"

O que foi avaliado???! Onde está a justificativa?! Isso é absurdo!!



Inventário do Resgate Cambuí em 2022:
Conforme o último inventário realizado no bairro Cambuí, em Campinas, no de 2022, as condições de cada árvore foram:

1. Magnólia-amarela
- ID: 5632
- Nome científico: Magnolia champaca
- Endereço: Dr. Carlos Guimarães x Coronel Quirino (n. 2008)
- Coordenadas geográficas: 289233,1279; 7467170,0068
- Altura: 14 m
- Altura da 1a ramificação: 1,2 m
- Diâmetro de copa: 10 x 12 m
- CAP: 82 cm
- CAbase: 123 cm
- Condição geral: bom
- Recomendações de manejo: nenhuma
- Rede elétrica: ausente
 1. Sibipiruna
- ID: 2133
- Nome científico: Cenostigma pluviosum
- Endereço: Coronel Quirino, 2008
- Coordenadas geográficas: 289207,9336; 7467160,2119
- Altura: 15 m
- Altura da 1a ramificação: 3 m
- Diâmetro de copa: 10 x 8 m
- CAP: 284 cm
- CAbase: 345 cm
- Condição geral: bom
- Recomendações de manejo: ampliação de canteiro
- Rede elétrica: presente



Pela LAI 880/2025:

 Pela lei de acesso a informação solicito o que segue:

1-O  levantamento e inventário com toda a documentação da árvore da rua coronel Quirino 2008

2-O levantamento e inventário com toda a documentação da árvore da rua Carlos Guimarães 295 -lado oposto


-Pela LAI 137/2025

Solicito a informação se RESOLUÇÃO SVDS Nº 01, DE 18 DE MARÇO DE 2024 é válida também para as árvores das calçadas e praças.

Resposta:

Prezada Tereza Penteado, Em atenção a sua pergunta, reitero que sim, a resolução é valida para calçadas, praças e canteiros. Atenciosamente, Christiano José Maria Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade

 

RESOLUÇÃO SVDS Nº 01, DE 18 DE MARÇO DE 2024

Dispõe sobre as metodologias e procedimentos de valoração de danos e passivos ambientais

no município de Campinas.

https://bibliotecajuridica.campinas.sp.gov.br/index/visualizaroriginal/id/141985


-Pela LAI 884/2025

Pela lei de acesso a informação solicito o que segue:

Alvará de reforma do imovel localizado à rua Coronel Quirino 2008 



-Pela LAI 884/2025

 Pela lei de acesso a informação solicito o que segue:

As autorizações e laudos do DPJ para as extrações das árvores da  rua coronel Quirino 2008 e da rua Carlos Guimarães 295 -lado oposto

Documento do site MB nos anexos




-Dia 3/11/25

Prefeitura autoriza corte de 2 árvores que, segundo especialistas, estão saudáveis


A Prefeitura de Campinas autorizou o corte de duas árvores entre as ruas Coronel Quirino e Doutor Carlos Guimarães, no Cambuí. Uma delas, uma exuberante magnólia-amarela (Magnolia champaca) de cerca de 14 metros, foi ao chão na manhã desta segunda-feira (3), apesar de apresentar folhas firmes e tronco íntegro. A outra, uma sibipiruna (Cenostigma pluviosum) de 15 metros e 50 anos, localizada ao lado de onde ficava a magnólia-amarela, na rua Coronel Quirino, 2008, será cortada nesta terça-feira (4), às 8h.

De acordo com especialistas do Comdema (Conselho Municipal do Meio Ambiente) os dois exemplares estão saudáveis e não deveriam ser cortados. Já a Secretaria de Serviços Públicos informou, em nota, que as árvores "estão condenadas". Integrantes das ONG Movimento Resgate o Cambuí, moradores do bairro e ambientalistas estão organizando uma manifestação no local, às 8h, horário programado para o corte acontecer, para tentar impedir o corte da árvore.

O engenheiro florestal e agrônomo José Hamilton, integrante do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) e mestre em Arborização Urbana, afirmou que a árvore que foi cortada e a outra, programada para ser cortada nesta terça-feira (4), estavam saudáveis. Segundo ele, as duas árvores vinham sendo acompanhadas pela ONG Movimento Resgate o Cambuí desde 2007, em levantamentos realizados nos anos de 2007, 2012, 2017 e 2022.

“O último levantamento, de 2022, constatou que os exemplares estavam saudáveis, necessitando apenas da ampliação dos canteiros e áreas permeáveis. Após a supressão da magnólia, verificamos que ela estava intacta, conforme os dados da ONG”, explicou.

Sobre a sibipiruna, que ainda está viva, José Hamilton informou que o grupo aguarda o laudo da engenheira agrônoma responsável para entender a motivação do corte. “Trata-se de um exemplar histórico, com mais de 50 anos, de grande beleza e vigor de copa. Possui apenas uma leve lesão na base, que poderia ser tratada com antifúngicos, como a calda bordalesa, e não justificaria sua supressão”, completou.

Macaque in the trees
Árvore da espécie magnólia-amarela que foi cortada nesta segunda-feira (3) | Foto: Daniel Franco

Funcionários da empresa 4R Soluções – Corte e Podas de Árvores, nesta terça-feira (4) mostraram à reportagem a autorização para os cortes, assinada pelo Departamento de Parques e Jardins, da Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura (foto). As árvores ficam em frente a um imóvel onde, segundo os trabalhadores, funcionará em breve um comércio — possivelmente uma farmácia. Um dos funcionários, que preferiu não se identificar, afirmou que o corte foi uma exigência do proprietário do imóvel, responsável por solicitar à Prefeitura a autorização para a supressão.

Tiago Fernandes Lira, presidente do Comdema (Conselho Municipal do Meio Ambiente) informou que encaminhou o ocorrido para análise da Câmara Técnica de Arborização Urbana para que avalie se o corte foi adequado, se houve irregularidades e se havia motivo real para derrubar os exemplares.

A presidente da ONG Movimento Resgate o Cambuí, Tereza Penteado, é uma das organizadoras do protesto: “Estamos juntando pessoas para irem lá amanhã às 8h. Vou levar megafone e filmadora”, disse ela.

Corte do ipê-roxo

O corte de árvores saudáveis (e até protegidas e imunes ao corte por lei) está se tornando rotina em Campinas, particularmente no bairro Cambuí. Na última quinta-feira (30), desta vez sem a autorização da Prefeitura. O Correio da Manhã entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, e não obteve resposta. A reportagem também mandou e-mail diretamente para o Corpo de Bombeiros, que respondeu: “Informamos que a atuação do Corpo de Bombeiros no corte ou manejo de árvores em situação de risco iminente está amparada pela legislação vigente, em especial pelo Decreto Estadual nº 56.819/2011, que regulamenta as atividades do Corpo de Bombeiros, e pelo Código de Defesa Civil, que respalda ações imediatas para eliminação de riscos à vida, ao patrimônio e ao meio ambiente”. O decreto citado, porém, diz respeito ao regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, e não ao corte de árvores. O caso foi encaminhado para a 12ª Promotoria de Justiça de Campinas, que atua na defesa e proteção do meio ambiente.

Prefeitura

O Departamento de Parques e Jardins autorizou a supressão das duas árvores porque estão condenadas. A sibipiruna está com cupim e a magnólia está com broca, ambas com risco de queda.
A Prefeitura de Campinas trabalha regularmente com a arborização urbana. A cidade plantou, desde 2021 até o momento, mais de 633,3 mil mudas de árvores, provenientes do próprio Viveiro Municipal e por meio de compensações ambientais.

O trabalho de arborização inclui ações preventivas e de acompanhamento das espécies. As árvores da cidade estão sendo mapeadas e cadastradas, por meio de um inventário no qual já constam 85 mil árvores registradas.

https://www.correiodamanha.com.br/nacional/sao-paulo/campinas/2025/11/231204-prefeitura-autoriza-corte-de-2-arvores-saudaveis-de-15-metros-no-cambui.html

-Dia 4/11/25

-Atualização 4/11/25

Conselho de Meio Ambiente solicita à Prefeitura interrupção de supressão de árvore de 15 metros


O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) solicitou à Prefeitura de Campinas a interrupção da supressão da árvore sibipiruna (Cenostigma pluviosum) de 15 metros de altura e 50 anos, localizada na rua Coronel Quirino, 2008, no bairro Cambuí. O corte estava programado para ocorrer às 8h desta terça-feira (4), mas não ocorreu até o fechamento da reportagem, às 19h. Na manhã desta segunda-feira (3), uma exuberante magnólia-amarela (Magnolia champaca) de 14 metros, que dividia a mesma calçada com a sibipiruna, foi cortada e causou indignação entre ambientalistas, cidadãos e moradores da região.

A solicitação de interrupção do Comdema foi feita para que seja realizada a análise do laudo técnico apresentado pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos. O presidente do Comdema, Tiago Fernandes Lira, informou que o órgão concluiu a preparação de um documento que solicita a suspensão do corte da árvore até que todas as informações técnicas sejam analisadas. Segundo ele, a Câmara Técnica de Arborização Urbana já elaborou um parecer com diversos apontamentos sobre o caso.

https://www.correiodamanha.com.br/nacional/sao-paulo/campinas/2025/11/231498-conselho-de-meio-ambiente-solicita-a-prefeitura-interrupcao-de-supressao-de-arvore-de-15-metros-e-50-anos.html



-Dia 5/11/25

Árvore cortada com aval da Prefeitura estava saudável, aponta avaliação definitiva do Comdema



A exuberante magnólia-amarela (Magnolia champaca), que ficava na Rua Doutor Carlos Guimarães, 2008, no Cambuí, e foi cortada na manhã desta segunda-feira (3) com aval da Prefeitura de Campinas (SP), estava saudável

A conclusão é de engenheiros integrantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema), entre eles o engenheiro florestal e agrônomo José Hamilton de Aguirre Junior, mestre em Arborização Urbana, que realizou tomografia e resistografia da árvore, atestando a qualidade plena da madeira.

De acordo com especialistas do Comdema, tanto a magnólia quanto a sibipiruna que dividia a mesma calçada estavam em bom estado e não deveriam ser suprimidas.

A extração da magnólia, de cerca de 14 metros, foi executada pela empresa 4R Soluções – Corte e Podas de Árvores, após aprovação de laudo técnico da Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Segundo Aguirre Jr., a Secretaria de Serviços Públicos alegou desgaste na base da árvore, com risco iminente de queda.

“Porém, a análise constatou que ela estava em perfeitas condições. O que havia era apenas a casca (parte externa do lenho, já morta e de proteção) em processo superficial de desprendimento e decomposição”, explicou o engenheiro.

“Realizamos o descascamento completo dessa estrutura externa e, em seguida, a tomografia e resistografia, que confirmaram a integridade da madeira”, acrescentou. “Isso significa que o corte foi indevido e não cumpriu as exigências legais.”

A magnólia cortada dividia a calçada com uma sibipiruna (Cenostigma pluviosum) de aproximadamente 15 metros e 50 anos, cujo corte estava programado para esta terça-feira (4), às 8h. Após manifestação de moradores e ambientalistas e a repercussão da reportagem sobre o caso, a empresa não compareceu para realizar o serviço.

Na manhã desta quarta-feira (5), os funcionários retornaram ao local para fazer a extração, mas a mobilização popular acabou atrasando o trabalho, e a equipe decidiu suspender o corte, que, segundo moradores, pode ser retomado em outra data.

Os dados das análises realizadas hoje (5) serão incorporados à resolução que está sendo elaborada pelo Comdema. O presidente do conselho, Tiago Fernandes Lira, informou que a Câmara Técnica de Arborização Urbana já produziu um parecer com diversos apontamentos sobre o caso. “Queremos garantir que não há risco efetivo e, se possível, poupar as árvores”, afirmou.

E agora?

De acordo com Aguirre Junior, o Comdema vai cobrar dos responsáveis a organização para que seja feita a reposição de alguns exemplares arbóreos no local, em plantio comunitário, tendo em vista a disposição positiva da proprietária” (referindo-se a dona do estabelecimento que será aberto em breve no local).

Moradores se mobilizam e corte de árvore de 15 metros é adiado no Cambuí

Moradores e ambientalistas conseguiram impedir o corte da sibipiruna (Cenostigma pluviosum) de 15 metros, localizada na Rua Coronel Quirino, 2008, no Cambuí, em Campinas (SP). A empresa 4R Soluções – Corte e Podas de Árvores, contratada para realizar a supressão, chegou nesta quarta-feira (5), por volta das 9h, posicionou o caminhão sob a copa da árvore e se preparava para iniciar o serviço.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas para tentar conter os ânimos. Moradores que defendem a permanência da árvore se posicionaram em frente ao local, impedindo o início da ação. Após longos debates entre os envolvidos, o serviço atrasou, e os funcionários decidiram suspendê-lo, pois, segundo eles, “ficou tarde e está ameaçando chuva”, o que inviabiliza o serviço. Mas o corte da árvore deverá ser retomado outro dia.

No início da tarde desta quarta-feira (5), foi realizada uma tomografia de impulso sônico e resistografia para avaliar o estado interno da árvore, que tem cerca de 50 anos. O exame foi conduzido pelo engenheiro José Hamilton de Aguirre Junior, do Comdema, utilizando uma “metodologia segura e conclusiva, pelo alto grau de confiabilidade”, conforme as normas da ABNT 16246, níveis I, II e III.

No nível III, são empregados equipamentos como o tomógrafo de impulso (que gera imagens semelhantes às tomografias humanas) e o resistógrafo, que detecta perda de resistência e cavidades internas na madeira. Ambos fornecem dados que permitem avaliar a saúde estrutural da árvore, em áreas que o olhar humano não alcança.

Além das análises técnicas, o laudo final também considerará o impacto no fluxo de veículos e pedestres para definir a recomendação conclusiva.

Apesar do pedido do Comdema para suspensão temporária do corte, a Secretaria de Serviços Públicos negou o requerimento. O Conselho solicitou a interrupção para análise detalhada do laudo técnico apresentado pela Prefeitura.

O corte da sibipiruna estava inicialmente agendado para terça-feira (4), mas não ocorreu. Um dia antes, na segunda (3), a magnólia-amarela de 14 metros, que ficava na mesma calçada, foi removida, o que gerou indignação entre ambientalistas e moradores da região.

O presidente do Comdema, Tiago Fernandes Lira, confirmou que o órgão finalizou um documento solicitando oficialmente a suspensão do corte até que todas as informações técnicas sejam analisadas. “Queremos transparência e rigor técnico antes de qualquer supressão”, reforçou.

Podar é cuidar

A advogada aposentada Maria Rita G.C. Amorim, moradora da região do Cambuí, expressou sua preocupação com o corte de árvores antigas, defendendo um tratamento mais inteligente e cuidadoso por parte do poder público.

"Vai fazer falta, muito. Não só para as pessoas, mas para o meio ambiente em si, os animais, as aves," afirmou Maria Rita, destacando a importância ecológica desses exemplares como "lugar de sombra, de fazer ninho".

A crítica se concentra na opção pela retirada, em vez do tratamento e da manutenção. "As árvores antigas, elas têm que ser cuidadas e não retirada, estirpada do meio ambiente", disse.

Maria Rita G.C. Amorim defende que uma poda correta evitaria problemas como a queda em épocas de chuvas. Ela mencionou que o custo do corte poderia ser revertido em tratamento: "Se a prefeitura, em vez de gastar cortando, gastasse arrumando, pra curar a árvore, pra curar, lógico".

A advogada ainda citou o apoio de profissionais da área, reforçando sua visão. "Eu tenho amigos que são engenheiros agrônomos, moram também no Campo Iro, e o assunto vem a poda, e eles colocam também a opinião dele de como foi criminosa essa poda", concluiu.

Macaque in the trees
Moradores e funcionários da empresa discutem sobre a retirada da sibipiruna | Foto: Moara Semeghini/Correio da Manhã
https://www.correiodamanha.com.br/nacional/sao-paulo/campinas/2025/11/231888-arvore-cortada-com-aval-da-prefeitura-estava-saudavel-aponta-comdema.html

-Dia 6/11/25
Comdema tenta suspender a 
extração da sibipiruna até 
que o conselho faça uma 
análise técnica.

TJ suspende resolução do Comdema sobre arborização urbana; Conselho vai recorrer



O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liminar favorável à Prefeitura de Campinas em ação que contesta a Resolução nº 003 do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema). A decisão, publicada nesta quarta-feira (5), suspende os efeitos da norma que obrigava consulta prévia ao Conselho para qualquer intervenção em árvores localizadas em áreas públicas.

O relator, desembargador Gomes Varjão, afirmou que a resolução poderia “impedir a necessária manutenção da arborização urbana”, expondo a população e o patrimônio a riscos. A Prefeitura argumentou que a medida do Conselho seria inconstitucional, por invadir atribuições da administração municipal e contrariar a Lei Orgânica do Município.

Em nota, a Procuradoria-Geral do Município classificou a decisão como “um passo importante para assegurar que a gestão ambiental ocorra com equilíbrio entre proteção ecológica e respeito às normas constitucionais”.

O presidente do Comdema, Tiago Fernandes Lira, disse que o Conselho não foi informado previamente da ação judicial e considerou a liminar “um retrocesso grave” na política ambiental da cidade. “É um absurdo muito grande a decisão do desembargador, e obviamente vamos recorrer. Defendemos uma tese diferente, que sustenta o licenciamento ambiental no município e garante a participação popular prevista na Lei Orgânica”, afirmou.

Segundo ele, a atuação do Comdema é fundamental para assegurar o controle social das políticas ambientais. “A pergunta central é: a quem interessa que não haja participação popular no controle da arborização urbana? Enquanto isso, vai se destruindo a arborização da cidade”, criticou.

Tiago também destacou que a Secretaria de Serviços Públicos, responsável pelas autorizações de corte, tem executado a política de arborização “à revelia do Conselho”. “Temos uma instrução normativa assinada conjuntamente com a Secretaria do Clima e o Condema, mas ela não vem sendo respeitada. Continuaremos defendendo as prerrogativas do Conselho e a radicalização da democracia direta”, disse.

Nos últimos meses, o Comdema tem participado de análises e vistorias em casos de supressão de árvores autorizadas pela Prefeitura. Na última semana, o Conselho concluiu que uma magnólia-amarela (Magnolia champaca) cortada no Cambuí com aval da administração estava saudável. O caso, que gerou protestos de moradores, motivou a elaboração de um parecer pela Câmara Técnica de Arborização Urbana do órgão.

Para o presidente do Comdema, decisões como a do TJ-SP fragilizam o controle ambiental e reduzem a transparência nas ações do poder público. “O Condema é o órgão central do sistema de qualidade ambiental do município. Enfraquecer esse papel é enfraquecer a própria política ambiental de Campinas”, afirmou.

Magnólia-amarela

Na segunda-feira (3), o Comdema concluiu que a magnólia-amarela (Magnolia champaca) cortada com aval da Prefeitura, na Rua Doutor Carlos Guimarães, no Cambuí, estava saudável. O laudo dos engenheiros do Conselho apontou que a árvore não apresentava risco de queda, contrariando parecer técnico da Secretaria de Serviços Públicos. O corte gerou protestos de moradores e levou à suspensão da extração de uma segunda árvore no mesmo endereço.


https://www.correiodamanha.com.br/nacional/sao-paulo/campinas/2025/11/232198-tj-suspende-resolucao-do-comdema-sobre-arborizacao-urbana-conselho-vai-recorrer.html





-Dia 6/11/25


Conselho de Meio Ambiente suspende corte e cobra apuração sobre remoção de árvores no Cambuí, em Campinas



A magnólia-amarela foi retirada em 3 de novembro. Segundo o relatório da CTA, a árvore estava saudável e não havia razão técnica para sua remoção. A prefeitura, no entanto, diz que ambas as árvores apresentaram “comprometimento, com broca e cupim, e risco de queda”.

Prefeitura avalia providências

Em nota, a administração municipal disse que a Secretaria de Serviços Púbicos vai reforçar o plantio de árvores na Coronel Quirino.

"A via, que já é bastante arborizada, receberá novas espécies como parte das ações de ampliação da cobertura verde", disse.

Sobre a magnólia que foi suprimida, a prefeitura ressaltou "que laudos técnicos apontaram o comprometimento estrutural da árvore e risco de queda".

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/11/06/conselho-de-meio-ambiente-suspende-corte-e-cobra-apuracao-sobre-remocao-de-arvores-no-cambui-em-campinas.ghtml




RESOLUÇÃO COMDEMA CAMPINAS Nº08, DE 05 NOVEMBRO DE 2025 Assunto: Suspensão cautelar de supressão da Sibipiruna (Cenostigma pluviosum) na Rua Cel. Quirino nº 2008, e determinação de providências para apuração de supressão irregular de Magnólia Amarela (Michelia champaca), conforme Parecer Técnico da Câmara Técnica de Arborização (CTA).

https://portal-api.campinas.sp.gov.br//sites/default/files/publicacoes-dom/dom/1716211321201113212017162106.pdf





-Dia 

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