Em abril de 2013 a Câmara criou uma comissão e houve um debate cujos
videos seguem abaixo.
Depois disso não houve divulgação de novos encontros apesar da
afirmação, na época, que seriam marcados vários encontros inclusive com várias
secretarias municipais.
Houve a divulgação de entrega de laudo por parte da concessionaria
Aeroportos Brasil Viracopos, mas sem a transparencia necessaria pois não foi
publicado em Diario Oficial e nem na mídia o conteúdo desse laudo.
A sociedade civil em paralelo está tambem levantando dados e fará , se
necessário fôr, um contra laudo com conteudo à disposição de todos.
Queremos de volta o Centro de Convivência, com laudos,
licitações,relatórios e obras disponíveis à todos,com a participação
efetiva da sociedade pois o teatro não tem um dono.Ele é de todos.
Como afirmou Fábio Penteado, um dos arquitetos do espaço:
O complexo se resume em uma praça-monumento, que funciona como um grande
espaço que reconstitui a consciência espiritual e política do cidadão através
da construção de um
símbolo da sua liberdade.
Segue material sobre o assunto:
Criação
comissão de estudos-Câmara
municipal
Matérias
da Cãmara
CEE quer ouvir secretarias e órgãos sobre
deterioração do Convivência 4/4/13
..vai convidar representantes das
secretarias de Serviços Públicos, de Segurança Pública e de Infraestrutura.
Além do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) e da Guarda Municipal para
prestarem depoimentos sobre o processo de revitalização do Centro de Convivência.....
..o poder público não está
priorizando ações de revitalização do Convivência. Segundo ele, o processo não
está sendo suficientemente transparente. “Não recebemos informações sobre a
elaboração deste laudo técnico e não temos acesso as atividades que a
prefeitura toma ou quer tomar. Nós queremos participar de todo o processo, não
vamos aceitar uma 'solução' pronta”,
ressaltou Galvão. .....
Matéria CBN 4/4/13
..o Centro de Convivência em Campinas aguarda medidas de
revitalização.....
Artigo IAB sobre o debate 5/4/13
..esta foi a primeira de uma série de reuniões, e que nas próximas, estas
serão direcionadas a cada uma das técnicas envolvidas, sempre buscando o maior
número de informações possíveis, para que o relatório final seja rico, completo
e eficiente para a proposta. ...
..
frase do autor da obra, o renomado
arquiteto Fábio Penteado:
Um espaço aberto para o encontro e o convívio, onde se pode ficar à
vontade, vadiar, ler, descansar, namorar, assistir espetáculos artísticos e
esportivos, participar de manifestações públicas...
Prefeitura divide em
três a reforma do Convivência 11/6/13
..Um laudo técnico
sobre as condições do Centro de Convivência Cultural (CCC), pago por uma
empresa privada, foi entregue na semana passada à Prefeitura para a recuperação
do espaço cultural. ...
..O processo de
licitação será dividido em três fases: a primeira concorrência será para
realização de obras na parte elétrica, hidráulica e mecânica do teatro interno.
A segunda é para as obras do projeto estrutural, com o conserto de rachaduras e
pinturas de toda a estrutura de concreto. Uma terceira etapa é referente
exclusivamente às obras de impermeabilização da estrutura....
Centro de Convivência: licitação fatiada em duas 22/7/13
..A Administração
mudou mais uma vez a forma de escolha dos projetos executivos de recuperação do
Centro de Convivência Cultural e, em vez de fatiar a licitação em três fases,
como havia anunciado há um mês, fará o processo em duas.....
..laudo técnico
financiado pela concessionária Aeroportos Brasil Viracopos ....
IMAGEM
Centro de Convivência (1966/67). Com
Alfredo Paesani, Teru Tamaki e Aldo Calvo. Planta do centro da praça com o
teatro de arena e as instalações sob as arquibancadas [PENTEADO, Fábio. Fábio
Penteado. Ensaios de arquitetura]
-Item 7a
O complexo se resume em uma praça-monumento, que funciona como um grande
espaço que reconstitui a consciência espiritual e política do cidadão através
da construção de um
símbolo da sua liberdade.
Fábio Penteado
Movimento Resgate o
Cambuí
-Atualização 16/3/25
Reunião Condepacc em 13/3/25 com a absurda proposta de fechamento do Centro de Convivência
Reunião Condepacc 13/3/25
Pauta
https://drive.google.com/file/d/1GRHJdGaCkUrFnFD49wgWU_mKWdXXqhDS/view?pli=1
Ata reunião 13/3/25
2.1 - SEI PMC 2025.000.14913-70 que
tem como interessada a cidadã e ex-conselheira
do CONDEPACC Ana Maria Sorrosal,
tratando da "Sugestão de Cercamento do Centro
de Convivência Cultural", bem
localizado na Praça Imprensa Fluminense que está em
obras atualmente, tombado pelo
Condepacc no Processo de Tombamento n.º 13/2001 -
Conjunto Arquitetônico do
Cambuí - Centro de Convivência Cultural de Campinas Carlos Gomes/CCC, resolução
nº 67/2008 e pelo Condephaat-SP no Processo de Tombamento
nº 51.547 de 2005 e
resolução SC-67. A Presidente relata que essa sugestão da senhora
Ana Sorrosal é uma
preocupação comum dos munícipes: a proteção do Centro de
Convivência Cultural,
que será entregue à população em breve depois de ter passado
por diversas obras de
requalificação, incluindo melhorias de infraestrutura de todo o
complexo e alto investimento. Em sua sugestão, a senhora Ana Sorrosal sugere o cercamento
do Centro de
Convivência para assemelhar-se a um parque. O técnico Augusto Ottoni,
engenheiro
civil da CDPC, relata o parecer: explica que a senhora Ana Sorrosal faz algumas
sugestões acerca das obras de reforma do Centro de Convivência Cultural de Campinas,
e
que tratará no momento da sugestão referente ao cercamento do entorno da edificação,
intervenção que requereria análise e aprovação do Condepacc; fala dos valores investidos
na obra, que, segundo o engenheiro Cláudio Orlandi, passará dos 60 milhões nas
duas fases
da obra (23 milhões em infraestrutura, impermeabilização da arena e tratamento do concreto
aparente e 40 milhões na montagem da sala do teatro, luminotécnica
e automação de todo o
complexo). O técnico da CDPC, Augusto Ottoni, mostra fotos
atuais do Centro de
Convivência e lista as vantagens percebidas em se fazer o cercamento: preservar a
impermeabilização da arena, que, desprotegida, pode sofrer a "quebra" da impermeabilização;
afastar possíveis pichadores - explica que a superfície tem
tratamento contra essa ação,
mas que o produto aplicado no concreto suporta no máximo duas limpezas; o cercamento
também desencorajaria arrombamentos, invasões e
furtos durante a noite; coibiria, ainda, a
prática de atos ilícitos ou imorais que têm
preocupado a vizinhança. Conclui dizendo que a CDPC é favorável ao cercamento do
entorno da edificação e que, no caso de aprovação pelo Conselho,
o projeto de obra será
analisado pela CDPC e apresentado ao Conselho para votação. Antes
que os debates se
iniciem, a Presidente traz à reflexão dos conselheiros o que ocorreu ao Teatro
Castro
Mendes por falta de segurança: fios de eletricidade foram furtados havendo bastante
dificuldade em recuperar o sistema de ar-condicionado. A Presidente também comenta
sobre o
uso da Praça Imprensa Fluminense como local para caminhada - que uma possibilidade para o cercamento seria fazer uma pista em torno do complexo e a abrir e
fechar as instalações num funcionamento parecido com o de parques, preservando as
construções. O engenheiro Cláudio
Orlandi da Secretaria Municipal de Infraestrutura
diz que as obras do CCC estão em estágio
avançado e que a previsão de finalização é
em junho. Explica que estão na segunda fase "que
é mais cara, mas não a mais trabalhosa". Fala do impermeabilizante aplicado na construção,
que o produto não suporta
mais do que duas limpezas e a reaplicação seria custosa; fala da
segurança, que mesmo
com a guarda municipal próxima da praça, mesmo durante as obras do complexo, pes- soas invadem o local e, com certeza, isso acontecerá quando o complexo for
entregue;
fala que durante esse mês de março está prevista a instalação das poltronas e carpetes
no teatro. Sobre o cercamento, considera que a possibilidade de fechar apenas o teatro
é "menos traumática". Finaliza dizendo que os conselheiros e poder público precisam
refletir a respeito e
agir para garantir a proteção do patrimônio. A Presidente menciona
uma frase frequentemente
citada: 'o uso constante protege", dito que ela sabe ser verdadeiro, mas contrapõe que o espaço
não será ativo durante todas 24 horas dos sete dias
da semana. Ela antecipa uma dúvida que
pode surgir e afirma que a Feira Hippie continuará ocorrendo na praça juntamente com o
funcionamento do CCC. E ela abre o debate ressaltando que, neste momento, será pensada
uma diretriz para o possível cerca-
mento, e que, posteriormente, será discutida a efetiva forma de realização. O
conselheiro
João Verde parabeniza o empenho da prefeitura e em especial do senhor
Cláudio Orlandi pela
qualidade superior percebida na obra, que inclusive corrige erros
no projeto original, fala dos
elevadores recém-instalados e adjetiva a requalificação
como "fabulosa". O conselheiro vê com preocupação a ideia de cercamento, principalmente pensando nas questões de acesso e
visibilidade e nos dá como um exemplo positivo a ser seguido o Paço Municipal, por onde se
pode transitar a qualquer hora do dia.
Fala que, com a cerca, pichadores poderão se vangloriar
de ter ultrapassado mais um
obstáculo. Levanta a possibilidade de se ter um sistema de
monitoramento ali no CCC,
equipando o complexo com câmeras e alarmes, e contar com a
presença da Polícia
Militar próxima dali. Questiona se o sistema de câmeras da CIMCAMP
(Central Integrada de Monitoramento de Campinas), que tem sido capaz de diminuir a ocorrência
de
furto de automóveis, também não poderia monitorar o Centro de Convivência, ou mesmo um
sistema de monitoramento interno. O conselheiro conclui dizendo que é preciso
muito cuidado
nessa discussão. A senhora Presidente, em consideração à fala do conselheiro sobre
monitoramento, diz que o monitoramento requereria equipamentos, mão
de obra terceirizada e
licitação, que dada complexidade, não seria viável neste ano nem
no próximo. O senhor Orlandi concorda com o Conselheiro Verde: manter o espaço
aberto é mesmo o ideal, mas não valeria o
risco; informa que não compete à Polícia
Militar o policiamento da praça, mas sim à Guarda
Municipal. Pede que se mostre novamente uma fotografia presente na apresentação do senhor
Augusto, explica que ali no
interior da estrutura de tijolos vazados, ou cobogó, estão instalados
o gerador, o centro
de ar-condicionado e outros equipamentos caros e sensíveis demais a uma
eventual
invasão - existe grande preocupação em preservar equipamentos e patrimônio, não se
pretende impedir fruição das pessoas. O Conselheiro Roberto Simionato pede que se
pensem alternativas jurídicas, políticas e comerciais para privatizar o Centro de Convivência: uma
empresa privada que assumisse responsabilidade pelo estado do complexo, prevenindo depredações
e respondendo aos danos de forma ágil. Assevera que
"pensar não é pecado", que ao menos se considere a ideia. Fala que comumente confunde-se o cercamento, que visa proteger, com a restrição
do 'ir e vir', que a iniciativa
privada tem muito mais liberdade para agir nesse sentido. Maria Rita parabenizou os
responsáveis pela recuperação do Centro de Convivência, e afirmou que "o teatro
de
arena é um presente devolvido à cidade". Destaca que o projeto do Fábio Penteado tem
como importante característica a de ser um espaço aberto. A conselheira diz frequentar
e conhecer bem o Centro de Convivência. Considera que a própria utilização de um
espaço o conserva e que a beleza protege, observando que ambientes degradados tendem a sofrer mais degradação. Fala que a
cidade não pode excluir a população e que
acredita com a colaboração da sociedade para manter preservado. Considera a ideia do
conselheiro Verde sobre câmeras e monitoramento uma solução efetiva. Questiona se a
iniciativa privada não poderia "adotar" o complexo, como se faz em praças -
é informada que no caso não se aplica tal prática. Por fim, a conselheira diz ser contra o cercamento.
A palavra é dada à conselheira Tereza Penteado. Ela relembra que membros do
Conselho já
sugeriram até mesmo cobrir o Teatro de Arena anos atrás e se mostra
contrária a sugestão do cercamento. Ela lê uma frase do arquiteto Fábio Penteado, autor
do projeto do CCC: "O complexo
se resume em uma praça-monumento, que funciona
como um grande espaço que reconstitui a consciência espiritual e política do cidadão
através da construção de um símbolo da sua liberdade" - pede que se conste em ata a
citação e se declara contra o que está sendo proposto. A convidada
Caroline Nogueira
fala de cercas removíveis que, durante o funcionamento, não interferissem na paisagem
e no uso do Centro de Convivência. O engenheiro Cláudio Orlandi também fala de
cercas com pouco impacto, protegendo o acesso às escadas e à área que abriga equipamentos,
como gerador e o centro de ar-condicionado, pontos que vê como essenciais.
O historiador da
CDPC, Henrique Anunziata, pontua que o que está sendo visto nesse
momento é a possibilidade
do cercar, e não a determinação de um modo para isso. O
conselheiro Luiz Aquino "Toka" lê
o assunto como está em pauta e fala que o conselho
deve ter a clareza sobre o que vota. Discorre
sobre o orçamento público - onde são
previstos os custos de obras, mas, não a manutenção, uso
ou "pós-obra". Sobre a manutenção que deve ser frequente, cita o exemplo da Companhia do Metropolitano de São
Paulo, ou Metrô, onde após o encerramento das viagens é feita fina
limpeza e manutenção das estações e trens. Da mesma forma, o Centro de Convivência deveria
contar
com manutenções frequentes e programadas: caso fosse pichado, a limpeza deveria
ocorrer
já na manhã seguinte. Quanto ao cercamento, considera que o ideal seria permitir a livre circulação durante o dia e fechar o espaço à noite. O conselheiro Eros de
Marconsini, do Conselho Municipal
de Turismo, afirma que a Feira Hippie está atualmente sob a gestão da Secretaria de Cultura e
Turismo e continuará sendo realizada no
local, integrando-se ao novo momento da praça. Ele
destaca que está previsto um edital
para o chamamento de novos expositores. Expressa
preocupação com a proposta de
cercamento total da praça, considerando que isso pode impactar
no funcionamento da
feira. Para ele, a discussão deve levar em conta a importância do espaço
para os expositores e visitantes. O conselheiro Sérgio Caponi parabeniza Cláudio Orlandi pelo
que
está sendo feito no Centro de Convivência. Faz uma reflexão "o público do futuro será
prejudicado pela falta de zelo hoje, e o público de hoje será prejudicado pela adição de
cercas"; compartilha uma memória de viagem que fez à Europa, lembra de ter visto um
monumento
em Nuremberg entre cercas horríveis, mas compreende que aquelas cercas
são a garantia de
que gerações futuras conhecerão a obra.
Conclui dizendo que proteger
o Centro de Convivência é uma iniciativa louvável. A Presidente Alexandra Caprioli
recapitula os pontos principais da discussão, destacando que a proposta
em análise foi
apresentada pela cidadã Ana Sorrosal, mas que compreende as emoções que a
proposta pode suscitar: o desconforto com a palavra "cercar", fala que a entrada "monumental"
do Centro de Convivência transmite mesmo a ideia de abertura, conforme se depreende
da citação
do arquiteto Fábio Penteado. O conselheiro Luiz Aquino "Toka" propõe a
retirada do item de
pauta. O Vice-Presidente, Doutor Herberto, também entende que o
assunto veio de forma
impactante, mas pede que se compreenda que nesse momento
não há projeto, apenas a reflexão
sobre a possibilidade do se cercar. Define que não
cabe votação, por não existir projeto a ser
votado, que tome-se o item de pauta como
ciência. Os conselheiros Maria Rita, Tereza Penteado
e Luiz Aquino "Toka" concordam
que o item deveria ser retirado de pauta. O Conselheiro Luiz
Verde fala contra o uso de
vidros - passarinhos morrem em colisão com o material, fala da
fragilidade do material
e traz o exemplo do muro de vidro instalado na Universidade de São
Paulo, na Capital,
que desde sua instalação tem sido alvo de pedradas e fonte de gastos com substituição.
Em decisão conjunta da mesa, o item foi retirado da pauta, devendo a SEINFRA
apresentar futura proposta concreta para deliberação do Conselho.
https://portal-api.campinas.sp.gov.br//sites/default/files/publicacoes-dom/dom/1529091222780412227815290925.pdf#page=6
Ata reunião 9/5/25
item 3.2 - SEI PMC
2025.000.75583-52 com assunto “Solicitação para cercamento do Centro de Convivência Cultural de Campinas Carlos Gomes”; bemtombado no âmbito do processo n. 13/2001 e resolução de tombamento n. 67/2008; com interessado a Secretaria
Municipal de Infraestrutura - SEINFRA. Ela relembra o histórico - o pedido teve origem na sugestão da cidadã e ex-conselheira do CONDEPACC, senhora Ana Maria
Sorrosal, e foi discutido na reunião ordinária número 545; fala que a sugestão da ex-
-conselheira é uma preocupação comum dos munícipes, que a sociedade civil demonstrou apoio à iniciativa do cercamento. A Presidente relata que poucos dias depois da
reunião em que se discutiu a proteção e a fragilidade do impermeabilizante, um morador de rua acendeu uma fogueira sobre o material, e, como se temia, danificando-o.
Também relata que procuraram fontes para saber se o cercamento feriria os ideais do
projetista do Centro de Convivência de Campinas/CCC, o arquiteto Fábio Penteado.
Ouviram sua filha e membros do Instituto Fábio Penteado, que responderam que os
tempos são outros e a visão sobre essas questões mudou no Brasil e no mundo. A Secretária adianta que o CCC receberá como primeira exposição, na reabertura, mostra
sobre o legado do arquiteto. Ela introduz a apresentação dizendo que o discutido na
ocasião da 545ª reunião foi levado em conta na elaboração desse projeto. O Secretário
de Infraestrutura, Carlos Barreiro, agradece a fala da Presidente, que contemplou muito do que ele apresentaria. Ele inicia sua apresentação mostrando a posição dos gradis
no entorno do CCC - 5 metros distantes da edificação e com perímetro de 295 metros,
contando com 19 portões, o que foi aprovado em reunião com Corpo de Bombeiros,
pensando na evacuação e dispersão de público. Ele mostra o modelo de gradil a ser
utilizado, e informa que é de fácil obtenção e instalação. A conselheira Nadja Regina
de Oliveira Prado pergunta se são gradis semelhantes aos instalados no Cemitério da
Saudade, e Barreiro responde que sim. O técnico da CDPC, Augusto Ottoni, é convidado para ler o parecer da Coordenadoria: fala do valor total da obra de requalificação
- 64 milhões de reais, 3 milhões na aplicação de impermeabilizante - que deve ser
protegido ao máximo para evitar pontos de infiltração e consequente prejuízo a toda a
parte interna do complexo; da abertura dos portões para acesso e circulação da população para usufruir o espaço e do atendimento às normas do Corpo de Bombeiros.
Conclui que a CDPC é favorável ao pretendido. A senhora Presidente abre o espaço
para perguntas. O conselheiro Luiz Aquino “Toka” faz algumas perguntas a respeito
da instalação, que são respondidas pelo Secretário de Infraestrutura, Carlos Barreiro,
e sobre o funcionamento da Feira Hippie, sanadas pelo Conselheiro Eros de Marconsini e Vizel. O conselheiro Marcelo Rocco pergunta se o Teatro Arena será aberto aos
finais de semana, ao que a Presidente responde que receberá público em dias de programação. O conselheiro Luiz Aquino “Toka” fala da necessidade de previsão de uma
“verba de custeio” para a manutenção do espaço. Ele pede que sua consideração conste em ata. Ele compara com o Metrô da Capital, onde os custos mais altos se concentraram nos primeiros 7 anos, período considerado necessário para a população absorver o patrimônio. A senhora Presidente percebe que as pessoas anseiam pela entrega
do CCC e comenta que essa absorção será mais rápida. A Presidente, então, coloca o
parecer em votação, sendo aprovado por unanimidade. Os convidados da SEINFRA se
despedem e deixam a reunião
https://portal-api.campinas.sp.gov.br//sites/default/files/publicacoes-dom/dom/1577761251930612519315777618.pdf#page=7
Matérias sobre o assunto:
-27/6/25
Risco de privatização indireta: grades de 300 metros vão cercar Centro de Convivência Cultural após reforma de R$ 60 milhões

Após mais de uma década fechado e uma reforma que consumiu R$ 60 milhões aos cofres públicos, o Centro de Convivência Cultural de Campinas reabrirá com uma mudança controversa: será cercado por gradis metálicos. A medida foi aprovada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) e apresentada pela Secretaria de Infraestrutura como uma forma de preservar o espaço recém-requalificado, com críticas de setores da sociedade civil e especialistas.
O novo gradil, que custará R$ 350 mil, terá 295 metros lineares, 2 metros de altura e contará com 19 portões de acesso. Segundo a Prefeitura, a proposta visa “impedir vandalismo e manter a integridade das áreas restauradas”. A previsão é de que os tapumes das obras, que cercam o Centro de Convivência há vários anos, sejam retirados até a primeira quinzena de julho, com o cercamento ocupando área menor que a atual. A gestão municipal afirma que o espaço continuará sendo aberto para eventos e que o uso será “democrático e transparente”.
Impedimento ao livre acesso
Apesar das garantias, a decisão não convenceu parte da população. A página “Baileyarte”, referência em divulgação cultura e cultura periférica, foi categórica ao criticar o gradil. “Depois de 13 anos fechado, sendo símbolo de abandono e desperdício de dinheiro público, o Centro de Convivência vai reabrir… cercado. Vai impedir o livre acesso à praça interna e só abrir durante eventos. Centro da cidade para quem? Política elitista sufoca direito à cidade e afasta a população”.
Tereza Penteado, do Movimento Resgate Cambuí, também criticou o cercamento. “O movimento não vê com bons olhos, pois para Fábio Penteado, do qual sou sobrinha, o complexo do CCC se resume em uma praça movimento que reconstitui a consciência espiritual e política do cidadão através da construção de um símbolo de sua liberdade. A praça é do povo”, afirmou.
Risco de privatização indireta
A professora e arquiteta Vera Santana Luz, da PUC-Campinas, membro do Condema e do Conselho da Cidade, vê com ressalvas. “Ficamos entre dois campos: o acesso público e a salvaguarda do patrimônio. Tendo a concordar com o cercamento de forma excepcional, desde que ele não se transforme em impedimento. Se for um símbolo de cuidado e tiver portões abertos durante o dia, com gestão adequada, pode funcionar”, pondera. Segundo ela, o maior risco é que o espaço se torne restrito apenas a grandes eventos, gerando privatização indireta. “É preciso cuidado para não afastar ainda mais a população”, afirma.
Vera ressalta que a cidade deveria buscar soluções mais sustentáveis e educativas para lidar com a preservação de seus equipamentos culturais. “O ideal seria adotar um modelo de vigilância educativa, com visitas guiadas, envolvimento das escolas e da comunidade, oficinas culturais e ações contínuas de uso cotidiano. O espaço precisa ser apropriado por todas as faixas etárias, estar no dia a dia das pessoas, e não limitado a grandes eventos ou programações esporádicas”, sugere.
Para ela, a gestão do espaço após a reabertura é tão importante quanto a obra em si. “O gradil pode até ter uma função simbólica de cuidado, mas entre o cuidado e o impedimento há uma linha muito tênue. Precisamos garantir que ele esteja aberto, com presença de funcionários e possibilidade real de fruição. Caso contrário, há o risco de transformar um patrimônio público em uma arena de uso restrito”.
Ela defende que a prefeitura poderia ter priorizado a construção de um projeto de educação patrimonial que envolvesse os moradores de Campinas. “É um patrimônio que tem que ser cuidado por todos nós. Preferiria ver a notícia de que a administração está promovendo ações educativas, criando uma rede de amigos do Centro de Convivência, estimulando o uso social da praça. Que seja um local para piqueniques, encontros escolares, apresentações populares, e não só grandes shows pagos.”
Tereza Penteado segue na mesma linha e acredita que o local deveria contar com vigilância, e não apenas ficar fechado. “Talvez o melhor fosse abrir o espaço primeiro para analisar como a população irá cuidar, com vigilância e educação, sem gradil. Uma campanha pode ser feita para que a população zele pelo espaço”, concluiu.
O que diz a Prefeitura?
A Secretaria de Cultura e Turismo defende que o cercamento é uma medida técnica de proteção à estrutura do teatro, já afetada por atos de vandalismo. Em nota, a pasta afirmou que “o cercamento não tem caráter de afastar o público” e foi aprovado por unanimidade pelo Condepacc. Segundo a Secretaria, o modelo segue exemplos de espaços públicos e culturais com acesso controlado no Brasil e no exterior, como o Bosque dos Jequitibás e o Coliseu, em Roma.
“A proposta busca proteger as áreas requalificadas que já sofreram atos de vandalismo, sem impedir o uso público do espaço. A estrutura será leve, transparente e com múltiplos portões, garantindo acesso democrático”, explicou a prefeitura. Além disso, a administração assegura que o uso cultural será garantido: “O espaço será aberto para eventos e atividades culturais, com calendário participativo, ocupação democrática e ampla divulgação para a população.”
-2/7/25
Prefeitura começa a fechar Centro de Convivência com grades, mas deve enfrentar reações

A Prefeitura de Campinas deu início à instalação de grades no entorno do Centro de Convivência Cultural, no Cambuí, mesmo sob críticas de setores da sociedade. Equipes contratadas já trabalham no local, e parte da estrutura metálica, que terá 295 metros de extensão, está instalada e parcialmente coberta por tapumes.
A medida, apresentada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e aprovada por unanimidade pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) no fim de junho, prevê o cercamento da edificação tombada com gradis de dois metros de altura, posicionados a cinco metros de distância do edifício principal. O projeto inclui 19 portões, distribuídos conforme exigências do Corpo de Bombeiros, para garantir segurança e escoamento em caso de emergência. O gasto público é de R$ 350 mil, provenientes de recursos vinculados a Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
A proposta, no entanto, enfrenta resistência de coletivos de cultura e da oposição, que enxergam a instalação das grades como um rompimento com a proposta aberta e livre para o convívio da praça e do monumento histórico. A Prefeitura, por sua vez, argumenta que a decisão visa proteger o investimento de R$ 60 milhões feito na requalificação do teatro de arena, especialmente após episódios de depredação ocorridos logo após a finalização de uma das etapas da obra. Nas imediações da Praça Imprensa Fluminense, onde fica o Centro de Convivência, há uma base da Polícia Militar.
O Porque Campinas apurou que os coletivos de cultura e a oposição preparam uma resposta política e até mesmo judicial por conta da instalação das grades no espaço.
https://www.portalporque.com.br/campinas/prefeitura-comeca-a-fechar-centro-de-convivencia-com-grades-mas-deve-enfrentar-reacoes/
-3/7/25
Ação na Justiça pede remoção imediata das grades do Centro de Convivência
Medida jurídica argumenta que Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, que também protege o equipamento cultural, não avaliou a medida

Após a decisão da Prefeitura de Campinas de instalar 295 metros de grades no entorno do Centro de Convivência, no Cambuí, uma ação popular apresentada ao Tribubal de Justiça do Estado de São Paulo na quarta-feira (2) tenta reverter a medida na via judicial. O documento enumera uma série de problemáticas envolvendo a decisão da prefeitura, como a descaracterização visual da obra, assinada pelos arquitetos Fabio Penteado, Fabio Penteado, Aldo Calvo e Teru Tamaki, a falta de necessidade de uma barreira física para evitar supostos atos de vandalismo por conta da presença de uma base da Polícia Militar (PM) na praça, além de evitar a livre-circulação da população no local, mantendo o propósito de “praça-monumento” do local.
- Segundo a peça jurídica, o Centro de Convivência também é tombado no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, o Condephaat, que não teria autorizado uma obra de impacto como essa sobre o equipamento de cultura.
Desde que a prefeitura anunciou a medida, coletivos de cultura e lideranças da oposição questionam a razão de uma intervenção tão drástica sobre o equipamento de cultura, que ficou fechado por 14 anos, sendo 5 anos em obras a um custo total de R$ 60 milhões. O Porque Campinas acompanhou de perto a instalação das grades, já parcialmente colocadas atrás dos atuais tapumes da obra.
A ação popular é movida pela vereadora do PT, Paolla Miguel. “O Centro de Convivência não é um cercadinho particular da administração. É um espaço histórico de cultura livre, de convivência urbana, de encontros da juventude na região central. Um espaço de afeto e memória da população de Campinas. Há uma série de ilegalidades na decisão do Executivo. Esperamos que, na Justiça, essas ilegalidades sejam reconhecidas e as grades removidas permanentemente”, explica a vereadora Paolla Miguel.
A página de divulgação cultural Baileyarte, que atua com direito à cidade e cultura periférica, chegou a lançar uma carta aberta à gestão Dário Saadi (Republicanos) com críticas à medida. “O Centro de Convivência foi, por gerações, um símbolo de trocas, encontros, arte e vida”, diz o documento. “Parem de nos expulsar do Centro. Parem de transformar Campinas em um péssimo lugar para os jovens viverem”, fecha a carta.
O que diz a prefeitura?
A reportagem do Porque Campinas pediu explicações à prefeitura a respeito da medida judicial. A Secretaria de Cultura afirmou que ainda não foi notificada pela Justiça sobre a ação popular e explicou que as grades se tratam “de uma medida técnica de preservação da estrutura do teatro”, reforçando que a decisão foi tomada após aprovação, por unanimidade, pelo Condepacc.
A Secretaria também justifica que o cercamento “não impedirá o uso público do espaço”. Para a pasta, cercamentos desse tipo “já ocorrem em outros equipamentos históricos e culturais no Brasil e no exterior — a exemplo do Bosque dos Jequitibás, Parque Ecológico, Lagoa do Taquaral, e espaços como o Coliseu (Roma), Jardim da Estrela (Lisboa) e Jardins Reais (Madri)”.
https://www.portalporque.com.br/campinas/acao-na-justica-pede-remocao-imediata-das-grades-do-centro-de-convivencia/
-4/7/25
Cercamento do Centro de Convivência é alvo de denúncia no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo
Em denúncia anônima, urbanista aponta ausência de responsável técnico e aprovação dos órgãos de proteção ao patrimônio; Prefeitura diz que medida visa preservar estrutura contra vandalismo
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP) recebeu uma denúncia formal sobre a instalação grades no Centro de Convivência Cultural de Campinas. O autor, um urbanista da cidade que pediu anonimato por temer retaliações, acusa a Prefeitura de realizar intervenções em um bem tombado sem respaldo técnico de profissional habilitado e sem autorização dos órgãos competentes de preservação.
Na denúncia, protocolada no conselho, o urbanista afirma que a instalação de gradis no perímetro do Centro de Convivência, fechado há 14 anos, altera de forma significativa o caráter público e a ambiência urbana do local. Segundo a denúncia, não há nem placa indicativa de responsável técnico pela obra, como determina a Lei Federal 12.378/2010, nem informações públicas sobre a aprovação do projeto junto ao Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) e ao Condephaat (órgão estadual de preservação).
Para o denunciante, o fechamento compromete “de forma grave e irreversível” a integridade do patrimônio arquitetônico e cultural, concebido como espaço aberto e democrático. Ele solicita ao CAU-SP a fiscalização da intervenção e a verificação do cumprimento das normas legais relativas à atuação de arquitetos em obras públicas.
Grades também são alvo de Associação
A medida da Prefeitura também foi alvo de críticas da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-SP). Em nota divulgada à imprensa, a entidade classificou a decisão de cercar o equipamento como “um grave retrocesso do ponto de vista urbanístico e um atentado ao direito à cidade”. O projeto arquitetônico original, assinado por Fábio Penteado, prevê um espaço aberto e acessível, voltado à convivência e à expressão cultural.
Ação na Justiça
Uma ação popular foi apresentada ao Tribubal de Justiça do Estado de São Paulo na quarta-feira (2) para tentar reverter a medida da Prefeitura na via judicial. O documento enumera problemas semelhantes ao apresentado na denúncia do urbanista, como a descaracterização visual da obra, assinada pelos arquitetos Fabio Penteado, Fabio Penteado, Aldo Calvo e Teru Tamaki, a falta de necessidade de uma barreira física para evitar supostos atos de vandalismo por conta da presença de uma base da Polícia Militar (PM) na praça, além de evitar a livre-circulação da população no local, mantendo o propósito de “praça-monumento” do local.
O que diz a prefeitura?
Em resposta, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo defendeu a medida. A pasta afirma que o cercamento tem como objetivo proteger as áreas requalificadas do teatro, que já teriam sido alvos de vandalismo. Segundo a Prefeitura, a proposta foi aprovada por unanimidade pelo Condepacc e segue padrões adotados em outros espaços históricos no Brasil e no exterior, como o Bosque dos Jequitibás e o Jardim da Estrela, em Lisboa.
O Centro de Convivência está fechado desde 2012 por problemas na estrutura do monumento histórico. Em 2020, teve início uma reforma que levou 5 anos e custou mais de R$ 60 milhões aos cofres públicos . A reabertura está prevista para este mês e o cercamento é tratado como uma das últimas etapas da obra.
https://www.portalporque.com.br/campinas/cercamento-do-centro-de-convivencia-e-alvo-de-denuncia-no-conselho-de-arquitetura-e-urbanismo-de-sao-paulo/
-4/7/25
Centro de Convivência: cercamento gera debate, e associação de arquitetos vê 'retrocesso urbanístico' em Campinas
A aprovação pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) do pedido da Prefeitura para cercamento do Centro de Convivência Cultural (CCC), fechado há 14 anos e cuja reforma será entregue em julho, tem gerado debate nas redes sociais e foi alvo de manifestação da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-SP), que definiu a medida como "um retrocesso urbanístico" e elencou uma série de impactos negativos - leia mais abaixo.
De acordo com a administração, o projeto prevê gradis de aço transparentes, de 2 metros de altura, semelhantes ao do Bosque dos Jequitibás, instalados a cinco metros de distância da edificação principal, com 19 portões distribuídos ao longo do perímetro, "respeitando normas do Corpo de Bombeiros".
Em nota, a Secretaria de Cultura e Turismo defende a medida, e alega que "todo grande espaço público precisa de proteção adequada para garantir sua preservação e pleno funcionamento".
A prefeitura também defende que a Praça Imprensa Fluminense, onde fica o CCC, permanecerá aberta e o funcionamento da Feira Hippie não será alterado. "O cercamento se refere apenas a pontos sensíveis da estrutura do teatro de arena, que precisam de proteção após o investimento de R$ 64 milhões na requalificação", diz a nota.
'Atentado ao direito à cidade'
Em comunicado enviado ao g1, a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-SP) manifestou contrariedade a decisão do Condepacc, e definiu que a medida representa "um grave retrocesso do ponto de vista urbanístico e um atentado ao direito à cidade."
"O Centro de Convivência foi concebido pelo arquiteto Fábio Penteado como um espaço aberto, democrático e acessível, voltado à convivência, ao encontro e à expressão cultural. Cercá-lo contraria frontalmente sua vocação original e compromete sua função como equipamento público integrador", afirma a associação.
Ainda segundo a Asbea-SP, que pede que a prefeitura e o Condepacc reavaliem a decisão, o fechamento de espaço público com gradis, sob a ótica do urbanismo, acarreta uma série de impactos negativos. São eles:
- Rompe com a continuidade e fluidez do tecido urbano, isolando áreas que deveriam ser permeáveis e integradas à vida cotidiana da cidade;
- Enfraquece a segurança no longo prazo, ao reduzir a presença ativa de pessoas, favorecendo o esvaziamento e a degradação do espaço;
- Desvaloriza o espaço público como lugar de convivência e bem coletivo, substituindo a ideia de cidadania pela lógica do controle e da exclusão.
"É essencial buscar soluções mais sensatas, sustentáveis e coerentes com os princípios de uma cidade inclusiva, acessível e viva", destaca a Asbea.
A prefeitura de Campinas argumenta que a proposta de cercamento do CCC "trata-se de uma medida técnica de preservação da estrutura do teatro, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), com o objetivo de proteger as áreas requalificadas do teatro, que já sofreram atos de vandalismo".
"O CCC está fechado desde 2012, quando ainda recebeu algumas peças de teatro no início do ano. Desde então, a população aguarda ansiosamente pela reabertura desse importante espaço cultural. O cercamento é uma das etapas finais para garantir a segurança da estrutura e permitir que o complexo volte a ser plenamente utilizado com qualidade e segurança", enfatiza a nota
Sobre o tema, a Asbea-SP afirma que medidas como o cercamento afastam a população e "eximem o poder público de sua responsabilidade com a gestão e ativação do espaço".
"A segurança, a conservação e a qualidade dos espaços públicos devem ser garantidas por políticas que estimulem o uso, a ocupação ativa e o cuidado coletivo — não pelo enclausuramento e pela segregação. Medidas como a oferta contínua de programação cultural e comunitária (inclusive em dias úteis), a iluminação adequada, o monitoramento e a atuação da guarda municipal são caminhos muito mais eficazes e duradouros do que o simples cercamento."
"Cercamentos como o que está sendo implantado no CCC são práticas comuns em grandes centros urbanos do Brasil e do mundo, sempre com o objetivo de proteger o patrimônio público, assegurar sua longevidade e garantir o acesso da população com qualidade, segurança e respeito à história", diz a pasta.
A Secretaria de Cultura garante que "o cercamento não impedirá o uso público do espaço", seguindo modelos já implantados em equipamentos históricos pelo mundo, como Coliseu (Roma), Jardim da Estrela (Lisboa) e Jardins Reais (Madri).
"Importante reforçar que a Praça Imprensa Fluminense permanecerá aberta e livre para uso da população, como sempre foi. Além disso, o funcionamento da Feira Hippie não será alterado. O cercamento se refere apenas a pontos sensíveis da estrutura do teatro de arena, que precisam de proteção após o investimento de R$ 64 milhões na requalificação", diz a nota.
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/07/04/centro-de-convivencia-cercamento-gera-debate-e-associacao-de-arquitetos-ve-retrocesso-urbanistico-em-campinas.ghtml
Centro de Convivência-reunião 20/5/15 (1/4) https://www.youtube.com/watch?v=kP_NxCdJGAo
ResponderExcluirCentro de Convivência-reunião 20/5/15 (2/4)
https://www.youtube.com/watch?v=6TPuDoFEcDs
Centro de Convivência-reunião 20/5/15 (3/4)
https://www.youtube.com/watch?v=kDdUji-hMWQ
Centro de Convivência-reunião 20/5/15 (4/4)
https://www.youtube.com/watch?v=eQBmOYiVQO8